Com saída do Cais do Imperador, no Bairro de São José, e destino ao Parque Santana, na Zona Norte do Recife, a Comissão de Planejamento Urbano e Obras da Câmara vai navegar mais de 8km em visita técnica para avaliar as condições de navegabilidade do Rio Capibaribe.
A intenção dos parlamentares é avaliar a possibilidade de implementação de transporte fluvial na “avenida líquida”, que possui cerca de 280 km de extensão, sendo 16 km apenas na capital pernambucana. “A partir da navegabilidade, seria possível para os recifenses a locomoção entre alguns bairros sem encarar o trânsito intenso das principais vias”.
O Recife conta com um projeto de navegabilidade que aguarda conclusão.
Com capacidade para transportar 300 mil passageiros por mês a partir de ramais que atenderiam o eixo norte e oeste da cidade, o projeto Rios da gente, se concluído, cobriria 13,9 km de extensão do Capibaribe.
O presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Obras da Câmara Municipal do Recife, o vereador Rodrigo Coutinho (Solidariedade) disse ser possível pensar em alternativas para tornar a navegabilidade viável. “A mobilidade, seja para o turismo ou deslocamento no dia a dia, é uma forma de resgatar o Capibaribe para a própria cidade.
O nosso cartão postal, hoje, em muitos trechos, é depósito de lixo.
O Rio deveria ser a menina dos olhos do nosso município e nossa comissão, consciente dessa necessidade, vai realizar essa visita técnica para levantar possibilidades mais sustentáveis para o rio e para o Recife", afirmou Coutinho.
Na avaliação do vereador, outro ponto que esbarra com o desenvolvimento do transporte fluvial no Recife é a condição das pontes da cidade. “A nível de obras, para executar o tráfego marítimo, além da construção de estações de embarque e desembarque em pontos específicos, seria necessário realizar outros serviços, como a manutenção das infraestruturas.
Membros da comissão já haviam feito uma vistoria inicial da ponte do Derby, na área central do Recife, e da Torre, na zona norte, ambas com deteriorações evidentes.
A visita técnica da Comissão de Planejamento Urbano e Obras vai acontecer após o carnaval e também pretende avaliar essas questões.
Não se disse até agora de onde viriam os recursos.
A obra ficou parada por falta de recursos.
DESDE OS ANOS 1980 As calhas do rio, alargadas após a grande enchente de 1975, deram novos olhares para o Capibaribe.
Desde a década de 1980, quando os primeiros esboços de navegabilidade foram apresentados, o Capibaribe era visto como percurso para o turismo. “Quase 30 anos depois, o transporte fluvial voltou a ser visto como possibilidade para a Copa do Mundo, no entanto, a obra não foi entregue.
A expectativa é que em 2019 as obras de competência estadual em prol da navegabilidade sejam retomadas”.