Confira a coluna Pinga-Fogo, do jornalista Igor Maciel, na edição desta terça-feira (26) do Jornal do Commercio.

O psicólogo social Jonathan Haidt formulou uma teoria sobre quem, por exemplo, acredita que tudo de ruim que se noticia na Venezuela é “fantasia criada pelo interesse imperialista norte-americano”.

Foi esse o tom do manifesto assinado por partidos de esquerda no Brasil, como PT e PCB.

Coincidentemente, é o mesmo argumento que o governo cubano usa há décadas.

Há sempre alguma justificativa externa para aliviar nosso grave engano.

Haidt classifica isso como “julgamento emocional”.

Segundo ele, “não há razão que fale ao coração”.

O ser humano é condicionado a formar opinião basicamente emocional e só depois busca razões que justifiquem sua emoção.

Por isso, pra quem sempre idolatrou Lula (PT) é mais fácil acreditar em qualquer teoria impossível sobre golpe do que na simplicidade do próprio engano.

Por isso é mais fácil, também, dizer que as crianças desnutridas na Venezuela são uma “maquiagem imperialista para conseguir petróleo”, do que admitir que se apoia uma ditadura.

A psicologia explica, mas a história não perdoa.

A esquerda brasileira, importante ao equilíbrio democrático num momento em que o governo Bolsonaro ainda parece sem rumo definido, só consegue piorar a própria situação se isolando da realidade.

Carta não tem o apoio de socialistas A informação inicial era de que o PSB também havia assinado o manifesto apoiando Maduro e colocando a culpa de tudo no tal “imperialismo norte-americano”.

Imediatamente, buscou-se questionar os líderes do partido, inclusive o governador Paulo Câmara, que negaram.

O PSB Nacional não assinou a carta.