Estadão Conteúdo - O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), admitiu nesta terça-feira (26) que o governo ainda não está fazendo um mapeamento dos votos favoráveis à aprovação da reforma da Previdência neste momento.
De acordo com ele, a falta do projeto que trata da aposentadoria para os militares e a ausência de tramitação da proposta na Casa fazem com que não seja possível fazer tal contagem. “Não faz sentido, neste momento, começar um levantamento de votos se o texto ainda não foi maturado, não foi construído um substitutivo que vá levar em consideração todas as ansiedades e perguntas. …
O texto ainda vai passar pela CCJ Comissão de Constituição e Justiça, depois vai passar pela comissão especial onde receberá emendas.
Então, discutir agora se um parlamentar vota ou não a reforma é discutir um texto que não existe”, disse.
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Mas isso não quer dizer que não há abertura para o diálogo.
Instrumento de negociação será receber todas as entidades e todos os interessados e ver até que ponto será algo viável”, disse.
O líder também confirmou que a Comissão de Constituição e Justiça deverá ser instalada na semana após o feriado de carnaval. É por este colegiado que se dará o início da tramitação da reforma da Previdência.
Vitor Hugo também reafirmou que há um compromisso do governo em enviar para o Congresso um projeto de lei que tratará da previdência dos militares, mas também admitiu que não há ainda uma definição de como será a forma da proposta.
Na semana passada, ele afirmou que ela poderia ser feita por meio de uma medida provisória.
Vitor Hugo afirmou que a apresentação da proposta para os militares foi postergada devido à complexidade da área.
Reuniões Vitor Hugo participou do início da reunião do secretário de Previdência, Rogério Marinho, com a bancada do PSDB na Câmara.
Mais tarde, ele também estará no início do encontro que Marinho terá com a bancada do PR.
Hoje pela manhã, o secretário se encontrou com os integrantes do PSD.
De acordo com ele, as reuniões com os partidos visam estabelecer um canal de diálogo do Congresso com o governo e, principalmente, com a equipe econômica. “Queremos demonstrar a disposição do governo federal de explicar a reforma da Previdência e tirar dúvidas.
Esse gesto é muito importante para dar andamento a ela”, disse.
Vitor Hugo, no entanto, afirmou que o momento é dos secretários de economia fazerem esse contato com os parlamentares. “Futuramente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, poderá vir ao Congresso.
Agora não é o melhor momento, porque é preciso amadurecer o texto”, disse.