Os pacotes econômicos e a nossa ilusão Por Julio Lossio, em artigo enviado ao blog Nos últimos 30 anos, a cada novo governo, o Brasil vive a expectativa da salvação do país por um novo plano econômico.
Plano cruzado I e II, Plano Bresser l, Plano Verão, Plano Collor I, Plano Collor II e, por fim, o Plano Real.
Assim se passaram mais de 30 anos e os ‘iluminados’ da economia prometiam com as suas teorias econômicas resolver todas as mazelas do Brasil.
Agora vivemos o momento das reformas e dos planos econômicos do novo astro da economia: o ministro todo poderoso Paulo Guedes.
Será que mesmo depois de 30 anos de planos sucessivos não aprendemos que planos econômicos são como remédios sintomáticos que aliviam os sintomas mas não curam a doença de base?
A cada nova dose (plano econômico) segue se a melhora dos sintomas com aparente cura do paciente.
Contudo, logo o efeito passa e os sintomas voltam com ainda mais força.
Mas qual a doença de base do Brasil?
A verdade que o Brasil ou qualquer outro país tem como seu principal patrimônio seu povo, que na sua grande maioria está carente do maior de todos os bens: o conhecimento.
Quando vamos compreender que nosso principal ministro deveria ser o da educação?
Que nosso grande plano deveria ser um grande plano educacional e que todo esforço econômico fosse dirigido para fortalecer desde a educação básica até o ensino médio-tecnológico e superior?
Será que não enxergamos que países como Japão, Alemanha e Coreia do Sul, arrasados por guerras, investiram em grandes planos educacionais e não em planos econômicos miraculosos?
Será que não podemos compreender de uma vez por todas que uma grande economia só se sustenta tendo como base a ciência e a tecnologia, que por sua vez tem como matéria prima os grandes cérebros?
Acorda, Brasil!