A Frente de Luta pelo Transporte Público protocolou nesta sexta-feira (22) uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pedindo a investigação do Grande Recife Consórcio de Transporte e das empresas Caxangá e Metropolitana por não colocarem em circulação ônibus com ar condicionado comprados em 2018.
O grupo defende que a aquisição entra nos cálculos para as propostas de reajuste das passagens, mas não atendeu os passageiros.
O advogado Pedro Josephi, que assina a representação, foi recebido pelo promotor de Justiça Humberto Graça.
Além dele, endossa o documento Márcio Morais, também integrante da Frente de Luta pelo Transporte Público e do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM).
LEIA TAMBÉM » Grupo vai pedir investigação sobre ônibus com ar condicionado que estão parados » Grande Recife diz que circulação de ônibus com ar condicionado espera concessão » Pedro Josephi diz que empresas mantêm parados ônibus novos e climatizados “Os veículos adquiridos foram incluídos na recomposição tarifária em 2016 e 2017, resultando em aumento no valor das passagens nestes anos, por isso, deveriam estar a serviço da população”, afirmou Pedro Josephi. “A promotoria expedirá pedido de esclarecimentos já na segunda-feira”.
Na representação, ele e Morais pedem a instauração de inquérito civil para apurar “as razões e justificativas para a não circulação dos ônibus novos adquiridos, em especial pelas empresas Caxangá e Metropolitana, bem como a determinação para que as representadas apresentem a devida comprovação de aquisição e circulação dos veículos utilizada para fins de recomposição tarifária em 2015, 2016 e 2017”.
Em nota nessa quinta-feira (21), o Grande Recife afirmou que esses veículos “não estão contemplados no estudo da recomposição tarifária”.
Em relação à Caxangá, o consórcio disse, também em nota, que “a inclusão desses veículos no Sistema de Transporte Público de Passageiros acontecerá após solução relativa aos contratos de concessão das linhas”.
A licitação aconteceu em 2013, mas os contratos de dois dos sete lotes – referentes ao BRT (Bus Rapid Transit) – foram assinados e os outros cinco aguardam ajustes.