Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo O porta-voz da Presidência, general Otávio Rego Barros, anunciou em pronunciamento nesta segunda-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu exonerar o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

A crise envolvendo Bolsonaro e Bebianno começou na última quarta-feira (13) e o seu prolongamento preocupava. “A exoneração do ministro Bebianno tem motivo de foro íntimo do presidente”, afirmou Rego Barros em coletiva de imprensa.

Por ter afirmado ao jornal O Globo que havia conversado três vezes com Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do presidente, o chamou de mentiroso.

Antes disso, o nome de Bebianno foi citado em esquema de desvio de dinheiro do Fundo Partidário do PSL, o que ele nega.

Bolsonaro passou a manhã no Palácio do Planalto, para onde foi, depois de se reunir com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no Palácio da Alvorada.

Desde cedo, Bolsonaro está com “despachos internos” na agenda, mas se reuniu também com outros ministros da Casa – Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e general Santos Cruz, da Secretaria de Governo – e decidiu não ir para o Alvorada almoçar.

O presidente já foi avisado de que Bebianno poderá sair atirando, trazendo problemas de campanha para a mídia.

A família Bolsonaro está irritada com as ameaças.

Os principais assessores do presidente esperam que, com a volta do presidente ao Planalto e a redução da influência dos filhos sobre ele, particularmente o vereador Carlos Bolsonaro, haja um pouco mais de serenidade no governo e ele passe a ouvir um pouco mais a chamada ala mais conservadora e mais equilibrada do Palácio.