Em Pernambuco, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) estão incomodados com a nomeação de pessoas que consideram “esquerdistas” em cargos no governo federal no Estado e querem levar essa insatisfação ao Palácio do Planalto.
Nesta segunda-feira (18), a partir das 15h, um grupo que organizou carreatas pró Bolsonaro durante a campanha promove um manifesto, no Parque da Jaqueira, no bairro homônimo, no Recife, contra as nomeações que acreditam ferir o discurso do presidente de “desaparelhamento do Estado”.
O nome do presidente da Fundaj foi citado, mas ele reagiu.
Curiosamente, nos bastidores, sabe-se que os mesmos pontos foram esclarecido junto ao presidente antes da posse, pelo ministro da Educação, além do fato do presidente retuitar ações da Fundaj e a agenda de visitas e depoimentos, como Joaquim Francisco, Margarida Cantarelli e Roberto Magalhães.
Veja abaixo.
Alfredo Bertini, em nota enviada ao blog 1)Mesmo reconhecido como técnico e de convicções liberais participei por pouco mais de um ano de uma gestão municipal do PT, por convite pessoal do então Prefeito e para essa função fiz uma gestão embasada por valores técnicos; 2) Evidente que nessa circunstância convivi com políticos divergentes do meu pensamento, mas num clima amistoso e meramente institucional; 3) Após esse exercício, mantive um distanciamento físico à altura da divergência ideológica e jamais assinei e sequer autorizei o uso do meu nome em manifestos contra o impeachment da então Presidente (conforme áudio que tenho comigo feito pela pessoa para a qual pedi a retirada do meu nome da então lista, colocado indevidamente); 4) O meu convívio com profissionais da Cultura, das mais distintas linhas de pensamento, também é fato, de artistas a intelectuais, mas todos sabedores de que nunca autorizei meu nome para nada com fim político, justo por discordar da linha ideológica predominante, que ê contrária aos meus princípios; 5) Sempre participei de várias caminhadas em favor dos movimentos pelo impeachment, baseado na maneira discreta e respeitosa que as lições de cidadania me ensinaram; 6) Compus, dias após a posse do Presidente Temer, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e nela sofri todos os tipos de retaliações por parte da esquerda, sendo recebido nos ambientes com agressões verbais, vaias e apupos, com expressões rotineiras de “golpista”; 7) Após sair da Secretaria, na gestão do Ministro Roberto Freire, sofri por parte dos mesmos movimentos as mais estúpidas agressões físicas e morais, pela decisão de exibir, pela primeira vez no Brasil, o filme “Jardim das Aflições” sobre o Mestre Olavo de Carvalho; 8) Essa decisão ganhou dimensão nacional, causou enorme prejuízo financeiro ao evento e nos deu uma visibilidade ainda maior no país; 9) Os ataques e acusações foram tantos que a Justiça determinou o pagamento de indenizações pelos danos morais sofridos; 10) Em 2017 ainda, retornei ao Governo Temer para ocupar o cargo de Secretário de Infraestrutura do Ministério da Cultura, na gestão do Ministro Sérgio Sá Leitão, e continuei a ouvir ataques de “golpista” como anteriormente; 11) Estive tecnicamente atuando com a equipe econômica do atual Ministro Paulo Guedes, propondo ideias para o setor do entretenimento, com vistas ao Governo do Presidente Bolsonaro, atividade essa que exerci em circunstâncias pontuais; 12) Sobre tentativas de manchar meu nome com atos administrativos ou correlatos, pelo arquivamento de um processo e pelo fato de ter participado de uma CPI como técnico conhecedor do assunto em pauta, não há o porquê de me prolongar nos comentários, haja vista que nada existe e meu advogado estará pronto para agir dentro dos ditames da lei.
Com base nesses fatos, quaisquer outras iniciativas que me vinculem ideologicamente ao PT ou outros partidos de esquerda são mentirosas e levianas.
Portanto, são cabíveis de questionamentos até judiciais, se assim julgar necessário.