O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, 61 anos de idade, atuando no cargo no Brasil desde junho de 2017, terá uma agenda cheia em Pernambuco.
Já se sabia que o embaixador de Israel terá uma agenda em Pernambuco entre os dias 13 e 16 de fevereiro, inclusive com uma pauta com o governador do Estado, Paulo Câmara.
A Câmara Municipal do Recife vai realizar uma homenagem oficial ao embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, com a entrega de um título, a medalha José Mariano, no dia 14 de fevereiro.
De manhã, o embaixador terá um encontro com o governador Paulo Câmara.
De tarde, estará no CESAR e depois com a Prefeitura do Recife, antes de receber a medalha na Câmara Municipal.
A boa nova vem da Alepe.
O representante israelense fará uma visita ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros, do PP, nesta quinta-feira (14), às 12h.
O deputado estadual Romero Albuquerque (PP), presidente da Comissão de Assuntos Internacionais e que acompanhará o encontro, revelou que, na pauta da visita, o embaixador colocará em discussão o planejamento para instalar, no Recife, um Consulado Geral de Israel.
Além de estreitar laços com Pernambuco, ele pode apresentar tecnologias israelenses de combate à seca.
Quem é Yossi Shelley?
Embaixador de Israel no Brasil desde junho de 2017, Yossi Shelley, de 61 anos, Tenente-coronel do Exército, já se reuniu ao menos quatro vezes com o presidente Jair Bolsonaro no ano passado e não esconde o interesse de seu país de estreitar relações com o Brasil.
A fim de azeitar essa parceria, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prestigiou pessoalmente a posse de Bolsonaro.
A proposta da homenagem no Recife foi apresentada pelo vereador Renato Antunes, do PSC, ainda no ano passado, sem alarde.
Antunes foi escolhido novo líder da oposição na Câmara Municipal do Recife.
Embaixada e projeto de dessalinização No campo comercial, Israel prometeu colocar à disposição do governo brasileiro tecnologia e recursos para combater os efeitos da seca.
No ano passado, o então presidente eleito anunciou, depois da vitória, que transferirá a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Após a repercussão negativa por parte de países árabes, ele declarou que a decisão não estava tomada e depois afirmou que a resposta sobre a mudança será dada após a posse.
Por iniciativa do presidente norte-americano, Donald Trump, os Estados Unidos transferiram sua embaixada para Jerusalém em maio de 2018.
No Brasil, Shelley já elogiou a promessa de Bolsonaro de acabar com o viés ideológico nas decisões do Itamaraty, se diz disposto ajudar no combate à criminalidade “O Brasil sempre esteve contra os interesses de Jerusalém.
Acho que a última votação em favor de Israel foi com Oswaldo Aranha”, disse o embaixador, na Veja.
Eu vi o mundo … ele começava no Recife Conforme destaca o professor Tales Castro, o Recife já é hoje a cidade com a maior rede consular em todo o Norte-Nordeste. “São quase 43 consulados na capital pernambucana dos vários continentes.
Dos países que integram o G-8, por exemplo, há seis consulados desses países na nossa cidade: EUA (Consulado Geral) – estabelecido aqui em 1815 – Alemanha (Consulado Geral) – fundado nas terras recifenses há mais de 150 anos – Reino Unido, igualmente centenário, (Consulado Geral), França (Consulado Geral), Itália (Consulado) e Japão (Consulado Geral).
A segunda maior economia do mundo, a China, também tem consulado geral em Recife.
Ademais, há agências de promoção de negócios além de câmaras de comércio de vários países com e sem atrelada presença consular efetiva, revelando o grande potencial da diplomacia comercial do Estado de Pernambuco”, informa, em artigo no DP esta semana. “Também é de Pernambuco o primeiro embaixador que a diplomacia do Brasil já teve: o abolicionista e político Joaquim Nabuco, que exerceu tal função em Washington entre 1905 a 1910.
Recife tem bastante a oferecer em termos de potenciais de atração de novos consulados, incluindo repartições consulares dos BRI- CS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e de outras representações do G-20.
Por isso mesmo, deveremos promover empenho cadenciado e esforços concentrados para valorizar esse legado internacional e ampliar, ainda mais, as redes consulares existentes para fins de promoção do desenvolvimento econômico-comercial, da cidadania participativa e da cooperação bilateral entre os povos”, defende.