O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Marco Aurélio (PRTB), anunciou na noite dessa quarta-feira (13) que responderia à manobra do líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), para garantir a vitória das Juntas na Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular.
Marco Aurélio afirmou que devolveria a troca feita pelo socialista e também faria uma mudança: retiraria as codeputadas do colegiado e as substituiria pelo deputado William Brígido (PRB).
Brígido é favorável a Clarissa Tércio (PSC), integrante da bancada evangélica.
Além dele, devem votar na parlamentar Cleiton Collins (PP) e a própria Clarissa.
A manobra, no entanto, não foi possível.
Marco Aurélio não poderia mexer na vaga das Juntas, já que a indicação delas para a comissão foi feita oficialmente pelo governo.
Assim, as codeputadas conseguiram a presidência do colegiado.
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As codeputadas teriam o voto delas e de João Paulo (PCdoB), representando a minoria.
Isso porque o outro indicado pelo governo era Adalto Santos (PSB), também religioso, que votaria em Clarissa Tércio.
Isaltino Nascimento, então, decidiu substitui-lo na comissão, o que foi visto como uma manobra.
Antes da reação evangélica, as bancadas governista e de oposição haviam feito um acordo pela candidatura das Juntas.
Pressionado por setores da igreja, no entanto, Cleiton Collins teria desistido, provocando a confusão.
As Juntas não estão nem na base nem na oposição e se declararam independentes.