Nesta manha chuvosa desta quarta-feira, nos bastidores da Assembleia Legislativa, o que se comentava era que o deputado estadual Isaltino Nascimento, do PSB, líder do governo na Casa, estava tentando fazer alguma manobra pra conseguir fazer com que o PSOL (Juntas) vença a quebra de braço nesta quinta-feira, quando será feita a votação para a escolha da presidência da Comissão de Direitos Humanos. “Provavelmente se algo der errado amanhã (quinta) foi porque alguém inventou uma doença”, fez pilheria um deputado.

Pois bem.

O diário oficial desta quarta informa que o deputado estadual Adalto Santos, também do PSB e pastor evangélico, titular da comissão, está sendo substituído na comissão pelo suplente Isaltino Nascimento.

Não se sabe se ele adoeceu… “Os evangélicos se permanecerem firmem, não tem jeito”, era a disposição até ontem.

Com a conformação oficial, o placar da eleição, que poderia ser de três votos a dois contra o Juntas e em favor dos evangélicos, agora se inverte, em favor do ‘Juntas’, com os votos do PC do B (João Paulo), PSB (Isaltino Nascimento) e PSOL (Jô Cavalcanti).

A manobra de Isaltino isola Clarissa Tércio, do PSC, que se lançou candidata na terça-feira, reclamando que o ‘Juntas’ não era de oposição, mas independente, ocupando uma comissão que deveria pertencer a oposição.

O pastor e deputado Cleiton Collins, do PP, apesar de governista, já disse que não votava no Juntas (PSOl), especialmente depois que vazou o acordo para que evangélicos davam aval ao acordo.

O golpe dos evangélicos assim sofreu um contra-golpe, dos situacionistas.

Não se sabe qual será a reação do líder da oposição, Marco Aurélio, nem a reação dos evangélicos em relação ao deputado pastor.

Reeleito para o segundo mandato consecutivo, Adalto Santos foi, novamente, o segundo deputado mais votado de Pernambuco, com 158.874 votos.

Faz parte da “bancada evangélica” da Assembleia Legislativa, é o 1º vice-líder do PSB na Casa e integra as comissões de Finanças (titular), Educação (suplente) e Cidadania (suplente).