Após mais uma reviravolta na Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), agora as Juntas (PSOL) devem permanecer no colegiado. É o que defende a base de Paulo Câmara (PSB), já que, oficialmente, as codeputadas foram indicadas pela bancada governista.

Mais cedo, o líder da oposição, Marco Aurélio (PRTB), havia anunciado que retiraria as parlamentares da comissão e as substituiria pelo deputado William Brígido (PRB), em reação a uma ação do líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), para garantir a vitória das Juntas para a presidência do grupo.

A bancada evangélica é contrária a elas.

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Clarissa Tércio sai da toca e assumiu candidatura Brígido é favorável a Clarissa Tércio (PSC), integrante da ala religiosa da Casa.

Além dele, caso houvesse a troca, devem votar na parlamentar Cleiton Collins (PP) e a própria Clarissa.

A votação para a presidência da comissão está dividida entre as Juntas e Clarissa.

A eleição está marcada para esta quinta-feira (14), às 11h, » Cleiton Collins diz que não vota no ‘Juntas’ de jeito algum » ‘Juntas’ pode sofrer ‘golpe’ dos evangélicos e perder comissão de direitos humanos na Alepe » Juntas não terão vida fácil na Comissão de Direitos Humanos » ‘A gente vai discutir gênero, sim’, afirma deputada do Juntas Inicialmente, as codeputadas teriam o voto delas e de João Paulo (PCdoB), representando a minoria.

Isso porque o outro indicado pelo governo era Adalto Santos (PSB), também religioso, que votaria em Clarissa Tércio.

Isaltino Nascimento, então, decidiu substitui-lo na comissão, o que foi visto como uma manobra.

Com as Juntas e o socialista permanecendo na comissão, elas ficam em maioria, vencendo Clarissa Tércio, que é a única indicada da oposição e, no governo, tem apenas o apoio de Cleiton Collins.

Antes da reação evangélica, as bancadas governista e de oposição haviam feito um acordo pela candidatura das Juntas.

Pressionado por setores da igreja, no entanto, Cleiton Collins teria desistido, provocando a confusão.

As Juntas não estão nem na base nem na oposição e se declararam independentes.