Procurado, o PSOL não se posicionou sobre a polêmica na Alepe.

O deputado estadual Cleiton Collins, do PP, pastor da igreja evangélica, disse que vai presidir a sessão para a eleição da comissão de Direitos Humanos, pleiteada pelo coletivo do PSOL Juntas, nesta terça-feira, na Alepe, e que vai buscar o entendimento e a harmonia da casa.

No entanto, faz um aleta. “A bancada (evangélica) está unida e não tem nada a ver (falar em acordo em favor do Juntas).

Não vou votar no Juntas.

Não reconheçamos o Juntas, reconhecemos a deputada Jô.

Nem recebi pedido de voto de ninguém” “Temos bons nomes.

Se eu pudesse indicar, eu indicaria Adalto Santos (PSB) ou outro nome menos radical” Collins disse que quem vai definir a questão seriam os líderes do governo e da oposição. “Esse fato (acordo e depois recuou com o PSOL) não teve nada a ver comigo.

Quem define é o lider do governo e o líder da oposição e a comissão deve ficar com a oposição”, disse.

Um dos problemas é que o acordo inicial enfraquece a oposição, já que que o Juntas não fecha com a oposição e tem sinalizado apoio ao PSB, mesmo se declarando independente.

Cleiton Collins na presidência De acordo com as informações de bastidores, o presidente da Comissão será o pastor Cleiton Collins e o vice será o ex-prefeito João Paulo.

Tudo porque o Pastor Adalto não quis, mas não aceitava votar na deputada Jô, do Juntas.

No buraco frio, nesta segunda-feira, consta que aconteceu uma acalorada discussão, com ‘dedo na cara e gritaria’, entre Cleiton Collins e a representante do PSOL.

Jô Cavalcanti dizendo que não iam tomar a comissão dela e Collins dizendo que não havia mais condições de manter o acordo, uma vez que ela falou do acordo na Globo, assegurando que os evangélicos iam votar nela.

Aí “prejudicou o acordo”.

Foto: Divulgação Entenda a polêmica A bancada do governo tinha um acordo com a Oposição para manter o mandato coletivo do PSOL (que se apresenta como ‘Juntas’) no comando da presidência da comissão de direitos humanos da Alepe.

Pois bem.

Depois que o acordo vazou, o deputado e pastor Cleiton Collins e companhia começaram a trabalhar para quebrar o acordo e nesta semana em votação pegar a comissão.

A votação ocorre nesta terça-feira, às 11 horas.

Os membros titulares são cinco.

Collins pode ser o voto de minerva.

Se ele disputar, também pode levar a disputa.

A leitura corrente na Alepe é que o deputado evangélico e situacionista Adalto Santos não votaria no ‘Juntas’, Cleiton Collins também não e a evangélica e de oposição Clarissa Tercio, com receio de desagradar aos eleitores, provavelmente também não.

Assim, o deputado do PCdoB João Paulo, de situação, seria o único voto a favor do ‘Juntas’, além do próprio voto da deputada Jô Cavalcanti, do PSOL, que se apresenta não como de oposição mas independente.

Atendendo a dois senhores Na semana passada, já se comentava que parte da bancada evangélica estaria de cabelo em pé com a postura do pastor Cleiton Collins.

Publicamente, o deputado do PP diz que os evangélicos estão unidos, mas, nos bastidores, ele apoiou a indicação das Juntas para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, causando desconforto.