O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou nesta quarta-feira (6), pelo Twitter, a segunda condenação do ex-presidente Lula (PT). “Uma vez mais, o presidente Lula é vítima dessas condenações seletivas perpetradas pela Operação Farsa a Jato”, afirmou o parlamentar na rede social. “É escandaloso que, às vésperas de o STF se debruçar novamente sobre a aberrante abolição do princípio da presunção de inocência, o juízo de 1ª grau se precipite para condenar, pela 2ª vez, um homem que já é vítima de prisão política.

A sanha persecutória a Lula parece não ter fim”.

Uma vez mais, a Justiça tira a venda dos olhos para acertar com o peso da sua espada os seus alvos preferenciais.

Uma vez mais, o presidente @LulaOficial é vítima dessas condenações seletivas perpetradas pela Operação Farsa a Jato.

O lawfare no Brasil segue a plenos pulmões. — Humberto Costa (@humbertocostapt) 6 de fevereiro de 2019 É escandaloso que, às vésperas de o STF se debruçar novamente sobre a aberrante abolição do princípio da presunção de inocência, o juízo de 1ª grau se precipite para condenar, pela 2ª vez, um homem que já é vítima de prisão política.

A sanha persecutória a Lula parece não ter fim — Humberto Costa (@humbertocostapt) 6 de fevereiro de 2019 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também criticou a condenação do ex-presidente. “A perseguição a Lula não para.

Uma segunda condenação a jato foi proferida, exatamente quando cresce a possibilidade de Lula ser Nobel da Paz.

Na memória do povo e na história, Lula será sempre maior do que seus carrascos”, disse pelo Twitter.

Lula pela segunda vez na Operação Lava Jato, desta vez no processo que investiga obras em um sítio de Atibaia, em São Paulo, cuja propriedade é atribuída ao petista.

A juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, aplicou a pena de 12 anos e 11 meses de prisão.

Acusação contra Lula Segundo a acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin, com o pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras.

A Lava Jato afirma que o sítio passou por três reformas: uma sob comando do pecuarista José Carlos Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra da Odebrecht, de R$ 700 mil e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil, em um total de R$ 1,02 milhão.

A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

O imóvel foi comprado no final de 2010, quando Lula deixava a Presidência, e está registrado em nome de dois sócios dos filhos do ex-presidente, Fernando Bittar – filho do amigo e ex-prefeito petista de Campinas Jacó Bittar – e Jonas Suassuna.

Entre os contratos que teriam sido alvos de “acertos de corrupção” está um para a Refinaria Abreu e Lima.

Além dele, a investigação apontou que teria havido corrupção no caso da Odebrecht com o Complexto Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), através dos consórcios Pipe-Rack e TUC.

No caso da OAS, estariam na construção do gasoduto Pilar-Ipojuca, entre Alagoas e Pernambuco; do GLP Duto Urucu-Coari, no Amazonas; e na ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello).

Segundo o MPF, a propina seria de 1% a 3% do valor total do contrato.

Nas alegações finais do processo, apresentadas à Justiça no início de janeiro, o petista nega ter recebido propinas e afirma ser vítima de perseguição política.

Lula prestou depoimento em Curitiba no dia 14 de novembro do ano passado.

O caso envolvendo o sítio representa a terceira denúncia contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

A denúncia da força-tarefa da Lava Jato foi aceita em agosto de 2017 pelo então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública.

Prisão Lula está preso desde o dia 7 de abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, por ter sido condenado, também por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.

Nesse processo, o ex-presidente foi acusado de receber vantagens indevidas da OAS através da compra e de reformas de um apartamento, em R$ 2,2 milhões.

O petista cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão, arbitrada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).