O senador Fernando Bezerra Coelho (PE) afirmou nesta segunda-feira (12), em entrevista à Rádio Jornal, que o seu partido, o MDB, vai reivindicar a presidência das principais comissões do Senado.

Após uma articulação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pelo correligionário Davi Alcolumbre (DEM-AP), Renan Calheiros (AL) retirou a candidatura e o MDB perdeu o comando do Congresso. “O MDB é a maior bancada e acho que ele (Alcolumbre) está consciente disso.

Como a candidatura foi apoiada pelo ministro, é preciso ter em mente que as propostas que vão tramitar vão exigir quórum qualificado.

Serão necessários 49 senadores e ele teve somente 42 votos”, disse o pernambucano. “Agora a iniciativa não está com o MDB, está com os que ganharam.

Dependendo de como for tratado o MDB nas composições é que poderá se decifrar se deseja o apoio ou não do MDB”, afirmou ainda o senador.

FBC disse, porém, ter “esperança” no governo Jair Bolsonaro (PSL) e previu apoio às reformas, entre elas a da Previdência. “Pode, aqui e acolá, ter cometido um erro de iniciativa, mas tem uma agenda importante que pode devolver a possibilidade de o Brasil voltar a crescer com muita força.

Vamos aguardar.

Você não apoia alguém que não queira ser apoiado”, pressionou.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado A bancada do MDB tem uma reunião nesta segunda-feira (4) para falar sobre os espaços.

Apesar de Renan ser apontado como uma provável liderança de oposição a Bolsonaro, Fernando Bezerra Coelho negou que o partido terá esse papel. “O MDB já escolheu seu líder, que é o senador Eduardo Braga (AM), pelo menos no primeiro ano.

Renan tem prestígio e dimensão dentro da bancada e do Senado, independente do cargo”, afirmou.

Agora, estão em disputa as comissões, principalmente as de Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos e Infraestrutura, que são as maiores.

Apesar da cobrança por espaço, Fernando Bezerra Coelho relatou que falou por telefone nesse domingo (3) com Alcolumbre. “Ouvi dele a preocupação de pacificar os ânimos no Senado”.