Estadão Conteúdo - O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é alvo de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram irregularidades na campanha eleitoral de 2014, quando foi eleito senador.
Os dois casos começaram a ser apurados na esfera eleitoral, no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, onde foram arquivados.
Mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura das investigações em 2016 e 2018.
Na Corte, as ações tramitam de forma conjunta e estão sob a relatoria da ministra Rosa Weber.
Um dos casos está sob segredo de Justiça.
Em documentos que constam nos autos de um dos inquéritos, a PGR cita entre as suspeitas a utilização de notas fiscais falsas emitidas pela L.L.S.
Morais - ME para a prestação de contas do parlamentar eleito.
A PGR chegou a pedir a quebra de sigilo bancário de Reynaldo Antônio Machado Gomes, contador da campanha de Alcolumbre, e da empresa R.A.M.
Gomes, no período de 01/07/2014 a 31/10/2014.
Os últimos documentos juntados aos autos do processo não informam se essa medida foi implementada.
Nos processos, a defesa de Alcolumbre tem alegado inocência e afirmado que não houve falsificação de notas.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa do parlamentar, mas não obteve resposta. “Alegações serão esclarecidas” Alcolumbre afirmou em nota, na noite deste domingo, 3, que as “alegações” que sustentam dois inquéritos dos quais é alvo no Supremo Tribunal Federal serão “esclarecidas e devidamente dirimidas”. “Os dois inquéritos estão relacionados à prestação de contas da campanha de Davi Alcolumbre ao Senado em 2014.
A prestação de contas foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá e o MDB recorreu.
O senador Davi Alcolumbre está convicto de que, ao final das apurações, restarão todas as alegações esclarecidas e devidamente dirimidas”, diz a nota distribuída pelo parlamentar.