Todos os indicadores da indústria brasileira tiveram desempenho positivo em dezembro na comparação com novembro.
Mesmo assim, só o faturamento do setor cresceu de forma mais significativa em 2018.
Na série livre de influências sazonais, o faturamento aumentou 1,1% entre novembro e dezembro.
Foi a segunda alta consecutiva do indicador que cresceu 4,1% ao se comparar as médias de 2017 e 2018, informam os Indicadores Industriais, divulgados nesta sexta-feira, 1º de fevereiro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Os dados mostram que a indústria está se recuperando.
Novembro e dezembro foram meses positivos para o setor e há sinais de que 2019 deverá ser melhor do que 2018”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Segundo ele, um sinal importante é o aumento da confiança de empresários e consumidores. “Mas é preciso que as expectativas otimistas se concretizem com a confirmação das reformas da Previdência e tributária”, diz Azevedo.
As horas trabalhadas na produção ficaram praticamente estáveis, com um incremento de apenas 0,1%, em dezembro frente a novembro, na série dessazonalizada.
No ano passado, as horas trabalhadas na produção tiveram um pequeno crescimento de 0,2% frente a 2017.
A utilização da capacidade instalada subiu 0,5 ponto percentual em dezembro na comparação com novembro, com ajuste sazonal, e encerrou o ano em 77,5%.
A média de 2018 ficou 0,2 ponto percentual acima do registrado em 2017.
O emprego na indústria aumentou 0,9% em dezembro na comparação com novembro, na série dessazonalizada.
Com isso, o indicador reverteu as sucessivas quedas registradas nos meses anteriores e fechou 2018 com um leve crescimento de 0,2% em relação a 2017.
A massa real de salários subiu 1,6% em dezembro frente a novembro, na série com ajuste sazonal, o melhor resultado desde abril deste ano.
Mesmo assim, em 2018, a massa real de salários diminuiu 1,5% em relação a 2017.
O mesmo ocorreu com o rendimento médio do trabalhador.
Em dezembro, o indicador aumentou 1,9% frente a novembro, na série dessazonalizada.
Mas encerrou o ano com queda de 1,7% na comparação com 2017.
Paulo Guedes recebe sugestões Associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para entregar um documento com algumas propostas ligadas às áreas de simplificação no ambiente de negócios, tributária e financeira.
Tais medidas têm os objetivos de reduzir os custos das empresas em razão da diminuição dos encargos financeiros, tributários e trabalhistas; melhorar a eficiência e a produtividade das empresas pela racionalização e simplificação de processos e procedimentos exigidos pelos órgãos governamentais; aumentar a oferta de crédito às pessoas físicas e reduzir as taxas de juros ao consumidor final.
Durante a reunião com o ministro, o IDV se disponibilizou a indicar os melhores técnicos das empresas associadas para contribuir com as sugestões apresentadas.
Entre as medidas sugeridas no campo da simplificação, constam a unificação de obrigações acessórias: (PIS/COFINS) + SPED-Fiscal (ICMS/IPI); desenvolvimento de um modelo único para notas fiscais de prestação de serviços; padronização da legislação do ICMS para questões operacionais via Confaz; desburocratização para abertura de empresas; abertura de filiais “fast track”; adequação dos critérios de penalidade nas relações de consumo e redução da litigiosidade.
No âmbito tributário, as sugestões apresentadas referem-se à mudança na constituição do Confaz para decisão por maioria simples ou 2/3, pois isso facilitará a tomada de decisões sobre simplificações de obrigações acessórias, padronizações e outros temas; multiplicidade de regimes tributários; unificação de tributos e alterações no ICMS.
Já no âmbito financeiro, o IDV sugeriu 11 medidas que contemplam os meios de pagamento, Cadastro Positivo, cartões de crédito, crédito direcionado, marketplaces, entre outros assuntos.
De acordo com o presidente do IDV, Antonio Carlos Pipponzi, o conjunto de ações que tem sido enunciado pelo novo governo como suas propostas para o Brasil, balizado pela ideia de livre mercado formal, está alinhado com as propostas do instituto e merece o apoio e a promoção de seus reflexos positivos para todo o país. “O IDV entende que o país está maduro para um novo ciclo de crescimento da economia e do consumo, com benefícios diretos na geração de empregos, investimentos, expansão de negócios e menor nível de endividamento e comprometimento de renda dos consumidores, com consequente aumento da arrecadação tributária absoluta, sem aumento da carga tributária”, disse Pipponzi.