A decisão de Dias Toffoli, de nove páginas, está sendo lida no Senado neste momento, antes do início dos trabalhos, a pedido do presidente em exercício da sessão, José Maranhão.

A leitura das nove páginas pode ser uma estratégia para reforçar a posição de Renan Calheiros e os aliados.

No recomeço da sessão, os adversários já haviam cobrado novamente sessão aberta.

Em sua essência, o ministro do STF diz que a eleição aberta deixa os senadores expostos ao governo de plantão e isto não seria bom para a separação dos poderes.

Os adversários de Renan defendem que os senadores devem abrir os votos para que a sociedade pudesse acompanhar o voto de cada um.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu na madrugada de hoje (2) que a eleição para presidente do Senado será realizada por meio de votação secreta, não mais aberta como estava definido.

Ele aceitou um pedido encaminhado pelos partidos políticos Solidariedade e MDB. “Por conseguinte, declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre [DEM-AP], a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora”, diz a decisão.

A sessão preparatória para eleição do novo presidente do Senado foi suspensa na noite de ontem (1º) e está prevista para ser reaberta hoje (2), às 11h.

A presidência interina da Mesa passará do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para o senador mais idoso da casa, José Maranhão (MDB-PB).

O ministro ratificou a definição de que o senador José Maranhão (MDB-PB) presidirá os trabalhos na sessão.

Na decisão, Toffoli anulou a votação conduzida por Alcolumbre, que por 50 votos a 2 e uma abstenção estabeleceu voto aberto para a eleição que escolherá o presidente – 28 senadores não votaram.

Toffoli foi o responsável por definir a ação porque é o plantonista de fim de semana no Supremo Tribunal Federal.

A decisão reúne nove páginas, nas quais o ministro afirma que a votação secreta para as eleições internas nas “casas legislativas” do país podem ser observadas em distintos parlamentos, não apenas no Brasil.