O Diretório Municipal do PT no Recife indicou na noite dessa quinta-feira (1º) Oscar Barreto para a Secretaria de Saneamento da gestão municipal.

O prefeito Geraldo Julio (PSB) abriu espaço para o Partido dos Trabalhadores pela primeira vez.

A indicação estava entre o ex-prefeito João da Costa e Barreto.

João da Costa é o primeiro suplente na Câmara do Recife e vai assumir a vaga deixada por Marília Arraes (PT), que vai para a Câmara dos Deputados.

Oscar é o segundo.

O comando da pasta estava nas mãos do Solidariedade, com Alberto Feitosa, que se reelegeu deputado estadual.

Para o PSB, a oferta já funcionaria como um atrelamento do PT ao projeto do PSB. “O PT caiu no palanque de Geraldo Julio”, disse uma fonte do Blog de Jamildo essa semana. “Este Diretório reconhece os desafios que estão colocados para a Oposição ao governo Bolsonaro, submetido ao governo Trump e apoiado nas forças de extrema direita no Brasil, que defendem o aprofundamento e implantação imediata de uma Reforma Trabalhista e da Previdência, à custa do sacrifício da classe trabalhadora”, afirmou em nota o diretório do PT. “É fundamental o diálogo e ação conjunta com os partidos, movimentos sociais e entidades na defesa do Lula Livre e resistência aos impactos do governo Bolsonaro.

A construção de uma Frente Ampla, Democrática e Popular no Recife, é consequência de um movimento político nacional e estadual, que se expressou nas chapas Haddad Presidente e Paulo Governador e que passa pelo diálogo com o Governo Municipal de Geraldo Júlio, na construção de políticas públicas que defendam a cidadania da população diante de ataques que irá sofrer do Governo Federal”.

Ao elogiar as gestões de João Paulo (então no PT, mas hoje no PCdoB) e de João da Costa, o PT afirmou que os programas foram viabilizados pelos governos Lula, Dilma Rousseff e Eduardo Campos, citando o ex-governador socialista.

Nacionalmente, o PT e PSB também ficaram juntos na formação de um bloco na Câmara dos Deputados, apoiando Marcelo Freixo (PSOL).

PT e PSB romperam no Recife nas eleições de 2012, quando Eduardo Campos aproveitou o racha entre os petistas, que não lançaram João da Costa à reeleição, e indicou Geraldo Julio para a disputa.

No ano seguinte, para viabilizar a candidatura do ex-governador à presidência, os socialistas deixaram a base do governo Dilma e apoiaram Aécio Neves (PSDB) no segundo turno de 2014.

O PSB também foi favorável do impeachment, mas deixou de apoiar Michel Temer (MDB) a partir da reforma trabalhista.