Segundo o parlamentar, policiais e bombeiros militares de todo o Brasil apoiaram, em massa, a candidatura de Bolsonaro à presidência da República na esperança de que, como militar, ele fizesse pelos profissionais de segurança o que nenhum outro presidente fez. “Se os militares estaduais forem incluídos na Reforma da Previdência que será apresentada no Congresso Nacional, será a primeira traição do presidente Jair Messias Bolsonaro”, afirma o deputado estadual Joel da Harpa. “Os militares estaduais vem sofrendo, ao longo dos anos, com o descaso dos governadores, seja quanto aos baixos salários, perseguições, carga horária de trabalho excessiva.
Exército, Marinha e Aeronáutica não vão para a rua, não têm férias cassadas no carnaval, São João, não passam noites em claro como os policiais e bombeiros”, alega.
Ele disse que, entre os anos de 2016 e 2017, enquanto era deputado federal e integrante da Bancada da Bala, Bolsonaro participou e apoiou todos os movimentos realizados pelas entidades representativas da segurança pública que lutavam contra a reforma e buscavam um tratamento diferenciado. É fato essa defesa corporativa. “O resultado dessa luta foi uma proposta elaborada com o apoio do então presidente Temer e que é um consenso entre todas as categorias.
O não acatamento do que foi acordado é, além de desrespeitosa, um verdadeiro banho de água fria para quem acreditava em dias melhores com o devido reconhecimento da importância do trabalho desses profissionais que arriscam suas vidas em defesa da população”, afirma.
Estadão Conteúdo – O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta quarta (30) que a proposta da reforma da Previdência que o governo enviará para o Congresso ainda neste ano incluirá os militares.
De acordo com Mourão, o governo pode enviar uma proposta de emenda constitucional e um projeto de lei para abarcar os militares ainda no primeiro semestre deste ano.
Questionado sobre se o envio dos dois textos seria simultâneo, ele afirmou não saber. “O presidente decide”, disse.
O vice-presidente afirmou ainda que a expectativa do governo com o início dos trabalhos do Congresso é “a melhor possível” e que a renovação dos parlamentares é positiva.
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Houve renovação grande.
Acreditamos que a força dos novos vai favorecer aí esse entendimento do Congresso com as responsabilidades que eles tem perante o Brasil”, disse.
Questionado sobre o favoritismo do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que busca a reeleição, e do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que já comandou o Senado, e o fato de eles serem antigos no Congresso, Mourão apenas respondeu: “vou usar uma expressão em inglês. ‘Welcome aboard’ para os dois.
Bem-vindos aos dois”.
Mourão deverá participar da primeira sessão legislativa na próxima segunda-feira, 4.
Bolsonaro Mourão contou que pretendia visitar o presidente Jair Bolsonaro, internado no hospital Albert Einstein em São Paulo, na sexta-feira, 1º.
Mas, disse, a família pediu que ele fosse somente na semana que vem.
Bolsonaro passou por uma cirurgia na última segunda, 28, para a retirada de uma bolsa de colostomia.
Ele reassumiu a Presidência da República nesta manhã de quarta, mas está despachando do hospital.
Agenda Mourão se reuniu com o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, nesta tarde.
O encontro não estava previsto em sua agenda oficial.
De acordo com ele, os dois trataram apenas sobre processos de nomeações nos Estados.
O vice-presidente não detalhou que tipos de nomeações foram discutidas.
Questionado como elas seriam feitas afirmou que serão “tudo, menos um balcão de negócios”.