Informações publicadas no Diário Oficial do Estado, nesta quarta-feira, davam conta que o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) abriu um inquérito para investigar o suposto desvio de 2,2 milhões de reais da organização social que administra o Hospital Miguel Arraes, do Governo do Estado.

Sob a condição de reserva absoluta, fontes no Ministério Público informaram que este seria um dos inquéritos policiais que estavam na Decasp (delegacia de combate à corrupção), extinta ano passado por lei estadual.

Os inquéritos da Decasp foram requisitados pelo MPPE para, segundo os promotores, ser feita uma “triagem”.

Pois bem.

A chefia da Polícia Civil, em contato telefônico, depois de explicações oficiais da Secretaria de Saúde, desmentiu, categoricamente, que o inquérito estivesse na delegacia extinta.

O comando da Civil chegou a ligar para a delegada Patrícia Domingues, ex-delegada da Decasp, para checar a informação e confirmou que não havia sido dela a abertura do inquérito.

De acordo com a Polícia Civil, o delegado que foi designado para apurar o caso foi João Gustavo Godoy, que é o titular da delegacia do Cordeiro.

Foi o delegado que pediu a prisão dos acusados, no final do ano passado, 2018, além de enviar o inquérito para o Ministério Público do Estado.

Veja abaixo o posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) sobre inquérito em curso no Ministério Público de Pernambuco envolvendo ex-funcionário do Hospital Miguel Arraes (HMA).

Nota da SES sobre HOSPITAL MIGUEL ARRAES Sobre o inquérito em curso no Ministério Público de Pernambuco envolvendo um ex-funcionário do Hospital Miguel Arraes (HMA), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informa que as irregularidades, que estão sendo apuradas, foram descobertas e encaminhadas aos órgãos de investigação pela própria unidade de saúde, que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos, reforçando o trabalho contínuo de fiscalização e o compromisso com a probidade, a transparência e a responsabilidade no trato dos recursos públicos.

Durante a sindicância do HMA, o funcionário acusado pelo desvio dos recursos foi prontamente afastado de suas funções.

Diante dos graves indícios, a Secretaria Estadual de Saúde também iniciou uma auditoria para ratificar ou retificar os valores apurados pelo hospital.

Importante ressaltar que, após finalizada esta auditoria, serão feitos os descontos nos repasses à unidade para reaver o montante apontado, sem prejuízo ao atendimento aos usuários do SUS e aos bens públicos. É preciso destacar, ainda, que as unidades geridas por Organizações Sociais (OSs) são avaliadas e acompanhadas permanente e sistematicamente por uma equipe multiprofissional da Secretaria de Saúde, composta por 30 profissionais, graduados em áreas de saúde, administração, direito e finanças.

Esse trabalho vem sendo constantemente aprimorado.