Derrotado pelo governador Paulo Câmara (PSB) em 2018, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) tem nesta quinta-feira (31) o seu último dia de mandato.

O petebista afirmou, em entrevista à Rádio Jornal, nesta quarta (30), que não “está claro” se voltará a disputar cargos, mas declarou que não deixará a vida pública, fazendo oposição aos socialistas inclusive nas eleições de 2020.

Por enquanto, deve se dedicar prioritariamente à iniciativa privada e pode assumir a coordenação do Conselho de Economia da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

No próximo pleito municipal, Armando vai apoiar a reeleição dos prefeitos de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e de Petrolina, Miguel Coelho (PSB).

Ambos eram do PSB de Paulo Câmara, mas o governador rompeu com a tucana na eleição de 2016, ao negar espaço para que disputasse, e o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), foi para a oposição em 2017.

As duas são as maiores cidades do Agreste e do Sertão, respectivamente.

Para o Recife, Armando não citou nomes. “Ainda não há muita clareza.

Já existe especulação sobre muitos nomes, a oposição tem vários nomes, esse não é o problema”, disse.

Um deles seria o deputado André Ferreira (PSC), que assume nesta sexta-feira (1º) o primeiro mandato na Câmara. “O que eu quero reafirmar claramente é que, embora alguns já tenham me colocado como alguém que morreu em termos políticos - e decretar a morte das pessoas é sempre um exercício temerário -, eu já vi na política muita gente renascer das cinzas e algumas carreiras que são identificadas circunstancialmente como símbolo de muito futuro de alguma maneira não se viabilizarem.

Então a política tem essa coisa fascinante: ninguém morre de forma definitiva, não há vitórias nem derrotas absolutas”, afirmou. “Teremos companheiros habilitados”.