De acordo com informações publicadas no Diário Oficial do Estado, o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) abriu um inquérito para investigar o suposto desvio de 2,2 milhões de reais da organização social que administra o Hospital Miguel Arraes, do Governo do Estado.

Segundo despacho do promotor Fernando Falcão, o representante do MPPE “recebeu cópia de inquérito policial que aponta indícios graves de que RODRIGO CABRAL DE OLIVEIRA, ex-Diretor Administrativo e Financeiro, além de Superintendente Geral do Hospital Miguel Arraes, em conluio com a esposa VIVIANE GELLI BAPTISTA e seu amigo pessoal RICARDO ALEXANDRE PEREIRA DE SOUZA, nos anos de 2016 a 2018, subtraíram para si quantia de R$ 2.237.707,30 (dois milhões, duzentos e trinta e sete mil, setecentos e sete reais e trinta centavos) da Fundação IMIP”.

Ainda segundo os autos do inquérito policial, a forma do suposto desvio “envolvia a emissão de ordens de pagamentos a profissionais autônomos falsas a pessoas físicas que não tinham prestado serviços ao Hospital Miguel Arraes, dentre elas o comparsa RICARDO ALEXANDRE PEREIRA DE SOUZA”.

No inquérito policial, é citada a utilização de contas-correntes de terceiros, que não sabiam que suas contas estavam sendo utilizadas para desviar dinheiro da organização social, destinado ao hospital estadual. “A Fundação IMIP é uma Organização Social de Saúde – OSS que possui convênio com a Secretária Estadual de Saúde para operacionalização de gestão e execução de ações e serviços de saúde no HMA, sendo, portanto, seus administradores sujeitos à Lei de Improbidade Administrativa”, registrou o promotor Fernando Falcão, em seu despacho de 17 de janeiro.

O MPPE menciona possível problema na prestação de contas da organização social.

No despacho, o promotor menciona “a necessidade de dar continuidade às investigações e à coleta de informações para o esclarecimento dos fatos em apuração e adoção de eventuais medidas extrajudiciais e/ou judiciais para a solução de eventuais problemas na prestação de contas”.

Sob a condição de reserva absoluta, fontes no Ministério Público informaram que este é um dos inquéritos policiais que estavam na Decasp (delegacia de combate à corrupção), extinta ano passado por lei estadual.

Os inquéritos da Decasp foram requisitados pelo MPPE para, segundo os promotores, ser feita uma “triagem”.