O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou nesta quarta-feira (30) a decisão de negar a soltura do ex-presidente Lula (PT) para acompanhar o velório do irmão dele. “Em 1980, Lula, como preso político, foi autorizado pelos militares a ir ao sepultamento da mãe.

Mas, na pretensa democracia em que vivemos, a Polícia Federal e a Justiça rasgam a Lei de Execuções Penais pra dizer que ele não goza desse direito”, afirmou o pernambucano no Twitter. “A canalhice é tão grande que usaram até a tragédia humanitária de Brumadinho para embasar a perseguição contra Lula.

Alegam que, para garantir a ida dele ao enterro do irmão, as buscas por corpos seriam prejudicadas.

Agem nos esgotos”, disse ainda Humberto Costa nas redes sociais.

O pedido da defesa de Lula para que ele deixasse a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde está preso desde o dia 7 de abril do ano passado, foi negado pela juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais, e pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Leandro Paulsen.

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O deslocamento da aeronave de asa fixa não poderia ser realizado tempestivamente.

Ademais, ainda que fosse possível ultrapassar essa questão logística, outros fatores colocam em risco a segurança do apenado e a ordem pública”, argumentou o desembargador.

O magistrado apontou que os depoimentos de Lula, o julgamento no TRF-4 e a prisão dele exigiram planejamento de segurança. “Foi justamente em São Bernardo do Campo, onde está ocorrendo o velório, que ‘por ocasião do cumprimento do mandado de prisão expedido em face do requerente, centenas de manifestantes impediram o cumprimento ao tempo e modo da decisão judicial, cerceando a sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, resistindo à ordem judicial e colocando em risco a integridade física e moral da população em geral’”, alegou Paulsen.

Condenado a 12 anos e um mês de prisão na Operação Lava Jato, Lula está preso desde o dia 7 de abril do ano passado.

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