A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de plantão na Corte, autorizando a ida do ex-presidente Lula (PT) a uma unidade militar em São Paulo para o velório do irmão dele saiu durante o sepultamento.

A cerimônia foi pouco antes das 13h (horário de Brasília).

Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, irmão do petista, morreu nessa terça-feira (29), em São Paulo, vítima de câncer no pulmão.

Lula só poderá se encontrar com familiares.

Toffoli proibiu a presença da imprensa e que Lula faça declarações públicas ou use celulares e outros meios de comunicação externos.

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O pedido da defesa do petista havia sido negado pela juíza Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais, e pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Leandro Paulsen.

Ao negar o pedido da defesa de Lula, nessa manhã, Paulsen afirmou que a Polícia Federal considerou que não haveria condições de escoltar o ex-presidente até São Bernardo. “Foi frisado (pela PF), e com razão, que a ‘alteração da destinação dos veículos necessários ao transporte do apenado poderia prejudicar os trabalhos humanitários realizados na região de Brumadinho.

O deslocamento da aeronave de asa fixa não poderia ser realizado tempestivamente.

Ademais, ainda que fosse possível ultrapassar essa questão logística, outros fatores colocam em risco a segurança do apenado e a ordem pública”, disse ainda o desembargador.

O magistrado apontou que os depoimentos de Lula, o julgamento no TRF-4 e a prisão dele exigiram planejamento de segurança. “Foi justamente em São Bernardo do Campo, onde está ocorrendo o velório, que ‘por ocasião do cumprimento do mandado de prisão expedido em face do requerente, centenas de manifestantes impediram o cumprimento ao tempo e modo da decisão judicial, cerceando a sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, resistindo à ordem judicial e colocando em risco a integridade física e moral da população em geral’”, argumentou.