Ao comentar o anúncio de Jean Wyllys (PSOL-RJ) de que não assumirá o terceiro mandato e deixará o País, a deputada federal eleita Marília Arraes (PT-PE) ligou a família do presidente Jair Bolsonaro (PSL) às milícias. “Temos um presidente envolvido com o estado paralelo do Rio de Janeiro, o que torna todos nós reféns dessa insegurança”, afirmou a petista em entrevista à Rádio Jornal.
Jean Wyllys alegou que estava sofrendo ameaças e temendo pela própria vida ao anunciar que sairia do Brasil. “Você vai exigir que um parlamentar, porque foi eleito, corra risco e tenha sua vida tolhida?”, questionou. “E o Estado não faz nada”.
Na semana passada, a Operação Intocáveis prendeu suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Entre eles, o major da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronald Paulo Alves Pereira, foi homenageado pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em 2004, quando este era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Na época, Flávio fez uma Moção de Louvor e Congratulações que homenageasse o policial por “importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro quando da operação policial realizada no Conjunto Esperança no dia 22 de janeiro de 2004”, um confronto que teria resultado na morte de três pessoas.
O deputado federal reeleito Daniel Coelho (PPS-PE) criticou a reação ao anúncio de Jean Wyllys. “Em ameaça estamos todos nós.
Não dá para criar um ambiente como se ele fosse o oprimido.
O povo brasileiro está correndo um risco pela criminalidade descontrolada.
O Extremismo que é muito grande e aÍ sim muito ruim para a democracia.
Ninguém é obrigado a estar aqui, mas não dá para ficar reproduzindo como se ele fosse um exilado”.