Por Charbel Maroun, procurador do Recife e integrante do Partido Novo O deputado federal Jean Wyllys do PSOL, partido defensor da ditadura venezuelana, em verdadeiro marketing político e de forma calculada, está se colocando como um exilado político buscando criar uma narrativa mentirosa de que existe no Brasil uma perseguição a homossexuais patrocinada pelo atual governo federal.

A narrativa de perseguição a homossexuais é desmentida pelos fatos, uma vez que o suplente, David Miranda, PSOL, que irá assumir também é homossexual, inclusive casado com o jornalista americano, Glenn Greenwald, encarregado pela esquerda brasileira de repassar para a imprensa internacional a tese de que o impeachment da presidente Dilma foi um golpe e ainda pelo fato de haver outros políticos declaradamente homossexuais, como o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, que inclusive foi concretamente vítima de um tiro que acertou a janela de seu gabinete.

LEIA TAMBÉM » Colegas lamentam desistência de Jean Wyllys de assumir 3º mandato » “Estava em prisão domiciliar sem ter cometido crime”, diz Jean Wyllys em carta de despedida » Moro rebate Jean Wyllys e nega omissão de autoridades A contradição de Jean Wyllys não está em se vitimizar, isso já é notório, pois foi assim que ganhou o BBB, o seu mandato, a sua reputação e agora o seu “exílio”, mas está no fato de pertencer a um partido que abertamente defende várias ditaduras, dentre elas a cubana e a venezuelana; está no fato de se fantasiar de Che Guevara o guerrilheiro sanguinário e homofóbico que implantou a ditadura comunista em Cuba, onde buscava curar os gays através de trabalho forçado e no fato de que com certeza não cumprirá o seu exílio em países alinhados ideologicamente, segundo noticiado pelo Estadão, e sim na Espanha, com a desculpa da facilidade da língua, como se Cuba e Venezuela não tivessem o mesmo idioma.

Muitos disseram que esse autoexílio de Wyllys foi em razão de ter saído enfraquecido das urnas, pois teve em torno de 24 mil votos nas eleições de 2018, bem menos do que os 140 mil votos obtidos em 2014, o que demonstra a pouca legitimidade perante o seu eleitorado LGBT, outros disseram que foi por covardia para não enfrentar a atual bancada de direita formada no congresso e até chegaram a dizer que foi motivada porque as investigações do autor das facadas em Bolsonaro, que já foi filiado ao PSOL, tinha relações com o mesmo.

O certo é que o folclórico deputado BBB, que se diz perseguido, como todo deputado polêmico está sujeito a críticas e ataques, o que acontece tanto com políticos da direita quanto da esquerda.

Mas, partindo da premissa de que o deputado esteja falando a verdade, a renúncia é a decisão acertada, mas não em razão das alegadas ameaças ou perseguições que diz estar sofrendo, mas por não possuir capacidade para exercer o mandato de deputado, que exige coragem e destemor para o enfrentamento e defesa das suas ideias e valores.