O coordenador do MBA em Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Oliver Stuenkel, acredita que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, continuará no poder mesmo com o acirramento das manifestações populares.
Ele explica que embora sua governabilidade fique ainda mais difícil, Maduro dificilmente renunciará. “O país depende dos militares, dos Estados Unidos e da dupla Rússia e China.
Os militares são os principais aliados do governo atualmente.
Não tem como sabermos de que lado eles ficarão após o aumento das manifestações populares”, disse Stuenkel.
O especialista em relações internacionais afirmou que o reconhecimento de Juan Guaidó como o novo presidente da Venezuela por Donald Trump tem pouca influência nos rumos do governo venezuelano.
Oliver explica que os Estados Unidos podem chegar a aplicar mais sanções ao governo sulamericano.
Por enquanto, ainda são o maior comprados de petróleo da Venezuela. “No entanto, o impacto negativo dessa medida pode, em teoria, ser compensada pela Rússia e pela China, principais aliados externos do governo Maduro.
Eles podem preencher a lacuna dos Estados Unidos fazendo com que a Venezuela não tenha maiores prejuízos”, diz o professor da FGV.
Oliver Stuenkel acredita que em breve a situação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ficará insustentável, forçando-o a deixar a presidência. “Só não é garantida a convocação de novas eleições. É mais provável que algum militar possa assumir o poder.
Afinal, esse grupo praticamente já comanda o país”, observa Stuenkel.