Com registro de chuvas abaixo da média nos últimos 10 anos e com o calor intenso registrado nos últimos meses, mesmo antes da chegada do verão, a Compesa, após vários estudos técnicos e operacionais, anuncia que decidiu realizar ajustes no abastecimento de áreas atendidas pelo Sistema Botafogo (localidades da Zona Norte da RMR).

O objetivo é preservar a Barragem de Botafogo, localizada no município de Igarassu, até o período de chuvas na região que se inicia em abril. “O Estado de Pernambuco caminha para o oitavo ano consecutivo de seca.

O fenômeno, antes restrito ao interior, ganha força na Região Metropolitana do Recife”, justifica.

As medidas foram apresentadas nesta tarde, na sede da empresa, no bairro de Santo Amaro.

Reduzir as perdas Um dia antes, três empresas britânicas apresentaram expertises e novas tecnologias de combate e controle das perdas nos sistemas de abastecimento de água para os técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

O encontro ocorreu na sede administrativa da Compesa, no bairro de Santo Amaro, com a participação das empresas LWS, Primayer e Technolog, do diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza, além da gerente do Consulado Britanico, Gabriela Figueiredo, e do representante do Banco Mundial, Thadeu Abibalil.

Segundo a Compesa, o evento marca o início das ações do convênio firmado pelo Governo Britânico com a Compesa para estudar projetos de inovação e de gestão para redução de perdas nos sistemas da Região Metropolitana do Recife (RMR). “A parceria prevê o investimento de 5 milhões de libras, nos próximos quatro anos – o equivalente a R$ 25 milhões - para implantar inovações tecnológicas que permitam a Compesa encontrar modelos eficientes de controle das perdas com padrão mundial, e que possam ser replicados em todo Estado”.

O plano é que, no primeiro semestre de 2019, seja feito o trabalho de avaliação das empresas do Reino Unido e um diagnóstico pela consultoria contratada pelo Banco Mundial, que sinalizará qual caminho será tomado pela Compesa.

Esse diagnóstico vai apontar se o foco desse trabalho será no combate às perdas comerciais (água produzida e não faturada) ou físicas (vazamentos), ou até mesmo se a companhia deverá atuar nessas duas frentes.