O advogado Ademar Rigueira, responsável pela defesa de Lula Cabral, divulgou nota nesta quinta-feira para informar que “registra que os supostos delitos investigados na Operação Abismo datam do ano de 2017, sem que tenham sido individualizados e comprovados fatos concretos e atuais que justifiquem mantê-lo preso durante o processo”.
A nota é uma espécie de resposta ao documento do MP, que em parecer ao STF defendeu que a liminar seja revertida. “Nesse contexto, a concessão da liberdade a Lula Cabral pelo Presidente do STF foi condicionada à aplicação de rigorosas medidas cautelares diversas da prisão, que vão muito além do mero afastamento do Prefeito da função pública”, defendeu. “Na realidade, conforme determinação do relator do processo no TRF-5ª Região, Lula Cabral está sendo monitorado eletronicamente e proibido de comparecer às instalações da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho ou manter contato com testemunhas, réus e gestores da CABOPREV, além do dever de se apresentar em Juízo periodicamente”, afirma.
A defesa informou ainda que, na data de ontem, Lula Cabral se apresentou ao Judiciário e cumprirá rigorosamente todas as medidas cautelares impostas, “com a confiança de que, após o retorno do recesso, a liminar proferida no plantão judiciário será confirmada em definitivo pelo órgão colegiado do STF”.