A Prefeitura de Ipojuca está se preparando para iniciar o ano letivo de 2019 com uma nova fornecedora de merenda escolar.
A gestão municipal rompeu no dia 28 de dezembro o contrato com a Casa de Farinha, alvo de investigação por supostas irregularidades em licitação no município, e iniciou a negociação com outra.
A nova contratada será a MCP Refeições, que hoje atua em Jaboatão dos Guararapes.
O acerto inicial é de seis meses, prazo que pode ser prorrogado ou reduzido de acordo com a licitação que deve ser iniciada nos próximos meses.
De acordo com o secretário municipal de Educação, Chico Amorim, a merenda vai custar R$ 2,69 por aluno e o preço do almoço será de R$ 4,55.
As refeições deverão ser entregues prontas.
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Para ele, a licitação deve ser concluída até 30 de maio.
O Blog de Jamildo teve acesso a documentos que mostram o valor aproximado de R$ 14 milhões, mas apenas um dos lotes da contratação.
Há, segundo a ata de preços, mais dois, para as escolas de tempo integral, com os custos de cerca de R$ 5 milhões e R$ 1 milhão, respectivamente.
O total seria de cerca de R$ 20 milhões.
O secretário disse desconhecer esses valores.
Há em Ipojuca 76 escolas municipais, com 22 mil alunos.
Desse total, menos de 4 mil, de acordo com o gestor da pasta, recebem o almoço e todos são beneficiados com a merenda.
O custo da merenda no contrato da Casa de Farinha totaliza aproximadamente R$ 15 milhões anuais.
Chico Amorim argumentou que deve haver uma economia com o novo contrato por prever a entrega de alimentos prontos inclusive nas 46 escolas nas áreas rurais de Ipojuca, enquanto o acordo com a Casa de Farinha era híbrido, prevendo a entrega de gêneros alimentícios nessas unidades para que fossem preparados nelas.
Há a previsão, por exemplo, de reduzir o número de merendeiras contratadas.
O secretário afirmou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público estão acompanhando o processo.