No próximo dia 17, o governador Paulo Câmara recebe Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, com os deputados federais de Pernambuco.
Na semana passada, o governador Paulo Câmara, um dos líderes nacionais do PSB, reuniu-se, no Palácio do Campo das Princesas, com a bancada federal do PSB de Pernambuco, para discutir o destino do apoio do partido na eleição da Câmara dos Deputados, para o próximo biênio.
No encontro, Paulo Câmara defendeu que o PSB rume ao lado do democrata e atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Depois, em nota oficial, reiterou que a decisão soberana seria da bancada do partido na Câmara dos Deputados.
O gesto ficou e pode ser ampliado. “A decisão sobre a eleição para presidência da Câmara está sendo deliberada entre a Presidência do partido e a bancada federal.
Não há qualquer decisão tomada ainda”, afirmou o governador do PSB, por meio de breve nota.
Nesta semana que passou o PSL de Jair Bolsonaro já havia anunciado a intenção de ajudar a reeleger Maia, balançando parte da oposição, que havia se comprometido a votar no democrata também.
Com a manobra, o PSL obteve um aliado para as reformas e garantiu espaços na mesa diretora, além de indicações para comissões.
Antes do acordo com o PSL, Rodrigo Maia havia prometido ao bloco do PSB, PDT e PC do B espaço na mesa e composições nas comissões, além de garantia de a oposição poder atuar sem embaraços.
Depois do acordo de Maia com o PSL, a bancada do PSB sentiu-se traída com a aproximação com o partido de Bolsonaro, mas depois rendeu-se ao pragmatismo.
Nesta quinta-feira, em Brasília, o líder do PSB Tadeu Alencar promove uma nova reunião com a bancada federal do partido para discutir o assunto.
O PC do B faz o mesmo na sexta e o PDT, no final de semana.
Tadeu Alencar também é entusiasta do nome de Rodrigo Maia.
De acordo com informações de bastidores, o deputado federal Arthur Lyra, do PP e que já coordenou o Centrão, será candidato contra Maia e deve formar um bloco de oposição.
O PT pode apoia-lo, para não estar ao lado do PSL, mas corre o risco de ficar sem espaço para atuar, especialmente se mantiver o apoio declarado a Marcelo Freixo, do PSOL do Rio de Janeiro.
Arthur Lyra também ofereceu o mesmo espaço ao bloco do PSB, PDT e PC do B, para manter a viabilidade na disputa e eventualmente superar Maia, justamente com os votos do PT.