Estadão Conteúdo - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) formalizou nesta terça-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU) a determinação dada a seus ministros e toda equipe para que unifiquem o discurso e adotem uma comunicação clara e harmônica dos atos do governo federal.
A decisão vem logo depois dos vários ruídos ocorridos já primeira semana de gestão de Bolsonaro em torno de medidas econômicas.
Diz o despacho de Bolsonaro: “Determino à Secretaria de Governo da Presidência da República, à qual está subordinada a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República, e às entidades a ela vinculadas a estrita observância ao disposto no art. 37, caput e parágrafo 1º, da Constituição em todas as comunicações e divulgações relativas às ações do Governo Federal.
Notifiquem-se os demais Ministros de Estado para cumprimento imediato”.
LEIA TAMBÉM » Bolsonaro pede ‘coesão’ entre Onyx e Guedes » General Heleno diz que Bolsonaro e Guedes são ‘best friends’ » Paulo Câmara quer se reunir com Bolsonaro ainda em janeiro Esses trechos da Constituição estabelecem ao Poder Público obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Além disso, determinam que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, de modo que não caracterizem “promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.
Na última sexta-feira, dia 4, o governo deu várias informações desencontradas sobre medidas envolvendo tributação.
Para completar o quadro de incertezas, uma declaração do presidente sobre a definição de idades mínimas para aposentadoria, no momento em que se discute a proposta de reforma da Previdência também provocou dúvidas que ninguém até agora conseguiu explicar Bolsonaro chegou a anunciar mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do Imposto de Renda (IR), que também causaram ruídos e, depois, tiveram de ser negadas pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra.
O presidente disse que tinha assinado decreto aumentando o IOF para operações externas, sem dar detalhes.
A elevação seria necessária para cobrir o rombo deixado pela lei sancionada por Bolsonaro que prorroga benefícios fiscais a empresas do Norte e Nordeste.
Horas mais tarde, porém, tudo mudou.
Onyx e Guedes Como já informou o jornal O Estado de S.
Paulo, já informaram, depois dessas divergências, o presidente Bolsonaro pediu aos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes, que abandonem as disputas internas e deem demonstrações de unidade.
O presidente pediu “coesão” dos ministros.