Por Elias Gomes (PSDB), ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho A entrevista concedida pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, evidencia com muita clareza a ambição desmedida do grupo/família Ferreira pelo poder.
O senhor Anderson Ferreira precisa fazer uma autocrítica, cuidar menos da política eleitoral e agir como prefeito eleito em 2016.
Isso mesmo, 2016.
Portanto, ele já ingressa no terceiro ano de gestão sem ainda dizer a que veio, ou melhor: veio para interromper um ciclo de trabalho que vinha sendo realizado com ética, planejamento, ações importantes voltadas para a sociedade, com a implantação de políticas públicas de vanguarda que mudaram o rumo da cidade e representaram importantes conquistas em áreas estratégicas como obras impactantes na infraestrutura da cidade.
Na educação, a nossa gestão tirou o município de entre os lanternas no IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – e o colocou no primeiro lugar tanto nos anos iniciais como nos anos finais na Região Metropolitana, inclusive ultrapassando a capital do estado, Recife.
Outras importantes conquistas foram obtidas na saúde.
Nessa área, ampliamos o atendimento do Programa de Saúde da Família de 30% para mais de 60%, o que resultou na redução da mortalidade infantil que era de 19,6 em 2008 para 10,6 por cada mil nascidos vivos, dentre outros ganhos expressivos.
Me refiro a estes dados para dizer que o prefeito que já gastou mais da metade do mandato, tem como marca principal o retrocesso nas políticas públicas, em razão da irresponsável paralisação de programas, ações e obras que estavam em curso e que beneficiavam aqueles que mais necessitam dos serviços que devem ser assegurados pela prefeitura.
Posso citar outro grave exemplo do qual me lembrei ontem, quando a ministra da Mulher, Família, e dos Direitos Humanos, Damares Alves, em entrevista, sobre ações importantes que seriam desenvolvidas para enfrentar a violência contra as mulheres, citou o “Botão do Pânico.” E exatamente aí, o prefeito Anderson Ferreira simplesmente abandonou o programa Botão do Pânico implantado em nossa gestão, o que representa um dentre outros retrocessos que a atual gestão tem imposto à população nas áreas citadas e em outras, notadamente nas obras que se encontravam em andamento e com recursos provisionados.
Pois bem, em vez de cuidar do povo que sofre com a ausência e a distância da prefeitura, o senhor prefeito passou a maior parte desses dois anos se dedicando inteiramente ao que para ele é o mais importante: a eleição dos seus familiares.
Ele deu as costas aos jaboatanenses e foi cuidar pessoalmente da eleição do seu pai e do seu irmão, além da de um cunhado.
O prefeito Ferreira, antes de estar concentrando seu tempo em usar a prefeitura como um instrumento de promoção familiar e ainda estender a sua cobiça à prefeitura do Recife, deveria cuidar de trabalhar para recuperar a sua gestão que tem sido marcada pelo ôba-ôba.
Como pretende o prefeito arregalar os olhos para uma outra cidade, se não tem dado conta do recado na missão de bem administrar a cidade pela qual foi eleito?
O que o prefeito Anderson tem que explicar é o que ele andava fazendo quando a cidade de Jaboatão, pelas informações que tive e que procurei checar, estava perdendo os prazos para liberação de milionários recursos junto ao governo Federal que vai da ordem de R$ 200 milhões a fundo perdido, enquanto está fazendo um endividamento no montante de R$ 120 milhões.
Isto no mínimo é falta de cuidado e atenção nos interesses do povo jaboatanense.
Acorda prefeito, desce do palanque e vai fazer o teu dever de casa, pois a tua a canoa já está ‘fazendo água’.
Por Elias Gomes (PSDB), ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho