Estadão Conteúdo - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reafirmou, nesta sexta-feira, 4, que o governo vai modificar o texto da reforma da Previdência enviada pelo ex-presidente Michel Temer para propor as idades mínimas de 57 anos (mulheres) e 62 anos (homens) para se aposentar no Brasil.

Mais uma vez, ele não explicou se esses parâmetros valeriam para todos os segurados do INSS e para o funcionalismo público. “A proposta sai este mês, vamos aproveitar a que está na Câmara.

A última proposta minha é aproveitar.

E ela está num espaço temporal que termina em 2030.

Então tudo aquilo para entrar em vigor até 2022, essa é a ideia que quero colocar em prática, colocar em prática não, compor com o Parlamento”, disse Bolsonaro na base aérea de Brasília depois de participar da transmissão de cargo do comandante da Aeronáutica.

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E que caberia ao seu sucessor a decisão de elevá-las ou não, condição indispensável, segundo economistas, para a sustentabilidade das contas públicas.

Pela proposta enviada por Temer, a regra de transição teria 20 anos, quando as idades de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) passariam a ser obrigatórias.

Atualmente, há duas formas de se aposentar no Brasil.

Por idade, com a exigência de ter 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos de contribuição.

Ou por tempo de contribuição - quando não se exige idade mínima - mas são necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de pagamentos ao INSS.

Mais uma vez, Bolsonaro não deu detalhes de como seria a transição da sua proposta.