Agência Brasil - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, defendeu nesta quarta-feira (2) a aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer.

Segundo ele, será um avanço. “Até como ganho de tempo, entendo que aproveitar o que já está lá, a reforma previdenciária concebida pelo Michel Temer.

Acho que é um avanço.

E depois, partir para outros ajustes”.

Para Bebianno, é necessário aprovar alguns trechos da proposta como uma sinalização positiva para os mercados interno e externo.

Ele enfatizou que a questão não está pacificada dentro do governo e que a opinião dele não é uma unanimidade. “Não há uma definição sobre isso.

O ministro Paulo Guedes é o responsável, sabe o que faz.

No meu entendimento, ganharíamos tempo com a aprovação de, pelo menos, parte do que já está lá.

O momento político é favorável, o apoio popular é muito grande”.

A exemplo do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu o diálogo entre governo e oposição.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, no entanto, não acredita em um movimento semelhante de partidos mais representativos da esquerda, como PT e PSOL. “Nós sabemos que dificilmente o PT virá para um diálogo franco, honesto do ponto de vista intelectual.

Mas da nossa parte o diálogo é aberto”.

Bebianno destacou que o presidente Jair Bolsonaro tem ideias e opiniões fortes, mas que “nunca se furtou a dialogar”.

Bebianno reiterou que o governo não vai se envolver na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados.

Segundo ele, quando governos “forçaram a mão”, na tentativa de influenciar na escolha do presidente da Câmara, o resultado não foi favorável. “A posição do governo é não se meter.

Acreditamos na autonomia dos Poderes.

Há, logicamente, uma preferência, mas a nossa posição é não externar essa preferência e deixar que o processo ocorra naturalmente.” Em despedida, Guardia defende reforma da Previdência O ex-ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu a reforma da Previdência e o combate à regressividade dos gastos e dos tributos, que beneficiam os mais ricos em detrimento da maioria da população.

Na cerimônia de transmissão de cargo para o novo ministro da Economia, Paulo Guedes, ele citou os principais desafios que a nova equipe econômica enfrentará.

Segundo Guardia, a equipe econômica terá de se debruçar sobre a simplificação do sistema tributário e o avanço da abertura comercial para aumentar a produtividade da economia brasileira.

Ele, no entanto, recomendou o diálogo harmonioso entre os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) para permitir a aprovação da reforma da Previdência, com o objetivo de reduzir a regressividade de aposentadorias e pensões que beneficiam categorias mais ricas e com maior poder de barganha e prejudica a maioria. “Temos que reduzir a regressividade do gasto e do sistema tributário, onde o gasto é regressivo e o sistema tributário penaliza os menos favorecidos em função do peso da tributação indireta”, disse Guardia.

O ex-ministro destacou realizações da equipe econômica anterior, como a reforma trabalhista, a reforma no ensino médio, a criação da Taxa de Longo Prazo (taxa que corrige os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES) e uma série de medidas de desburocratização, como a duplicata eletrônica e a regulamentação do cadastro positivo (relação de bons pagadores).