A cerimônia de posse de Roberto Castello Branco como presidente da Petrobras será realizada nesta quinta-feira (3/1), às 16h, no Edifício Sede da companhia, no Rio de Janeiro.
O evento será transmitido ao vivo pela Agência Petrobras.
Sob o seu comando, estará o destino da refinaria Abreu e Lima, de Suape, como como eventuais encomendas para os estaleiros nacionais.
Nesta quarta, a Petrobras informou que o Presidente do Conselho de Administração Luiz Nelson Guedes de Carvalho e o Conselheiro Francisco Petros Oliveira Lima Papathanasiadis apresentaram, ontem (1/1), suas renúncias aos cargos de Presidente e de membro do Conselho de Administração da companhia, respectivamente, bem como aos Comitês do Conselho dos quais faziam parte.
A companhia informa que, por decisão do Conselho de Administração, o conselheiro Jerônimo Antunes exercerá interinamente as funções da presidência do Conselho.
Jerônimo Antunes é membro do Conselho de Administração da Petrobras desde julho de 2015, membro do Comitê de Auditoria desde setembro de 2015 e Presidente deste Comitê desde agosto de 2016.
Adicionalmente, é Presidente do CAE do Conglomerado Petrobras.
Foi também membro do Conselho de Administração e Presidente do Comitê de Auditoria Estatutário da Petrobras Distribuidora S.A. - BR.
Perfil de privatização No site do Congresso em Foco A assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta segunda-feira (19 de novembro) que o economista Roberto Castello Branco será o novo presidente da Petrobras.
De perfil liberal, a exemplo de Guedes, Castello Branco é defensor da privatização da empresa e de outras estatais.
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo em 2 de junho, o economista defendeu a privatização da companhia ao criticar a intervenção do governo Michel Temer no preço do óleo diesel para acabar com a greve dos caminhoneiros, que prejudicou o abastecimento no país por dez dias em maio. “Uma das lições que se tira desta crise é a urgente necessidade de privatizar não só a Petrobras, mas outras estatais”, escreveu. “É inaceitável manter centenas de bilhões de dólares alocados a empresas estatais em atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada, enquanto o Estado não tem dinheiro para cumprir obrigações básicas, como saúde, educação e segurança pública, que até mesmo tiveram recursos cortados para financiar o subsídio ao diesel”, ressaltou.
Ainda no artigo, Castello Branco disse que os políticos e parte da opinião pública elegeram a política de preços da Petrobras, cujo responsável era seu presidente, Pedro Parente, como “culpada” pela greve dos caminhoneiros.
Mercado de combustíveis “Ninguém se deu ao trabalho de observar que o preço do óleo diesel no Brasil é inferior à média global, US$ 1,02 contra US$ 1,07 (dados de 28 de maio da Global Petrol Prices).
No caso do diesel, embora seguindo o mercado global, é o comitê de uma única empresa, uma estatal dona de 99% do refino, quem anuncia os preços.
Essa é mais uma razão para privatizar a Petrobras.
Precisamos de várias empresas privadas competindo nos mercados de combustíveis.” Durante a campanha presidencial, Jair Bolsonaro disse ser contrário à privatização da Petrobras.
Seu futuro ministro da Economia, porém, já defendeu a transferência integral do capital da companhia para a iniciativa privada.
Chicago Assim como Paulo Guedes, Roberto Castello Branco fez pós-doutorado na Universidade de Chicago e tem grande experiência nos setores público e privado.
Ele já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale, fez parte do Conselho de Administração da Petrobras e desenvolveu projetos de pesquisa na área de petróleo e gás.
Atualmente é diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com Roberto Castello Branco começa a ganhar corpo a nova equipe econômica.
Na semana passada, Paulo Guedes já havia anunciado as indicações de Joaquim Levy para o comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central, além da permanência de Mansueto Almeida à frente da Secretaria do Tesouro Nacional.
Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Paulo Guedes: “O futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, recomendou ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, a indicação para a presidência da Petrobrás de Roberto Castello Branco, que aceitou o convite.
Economista, com pós-doutorado pela Universidade de Chicago e extensa experiência nos setores público e privado, Castello Branco já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale, fez parte do Conselho de Administração da Petrobrás e desenvolveu projetos de pesquisa na área de petróleo e gás.
Atualmente é diretor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas.
O atual presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, permanece no comando da estatal até a nomeação do novo presidente.”