O senador reeleito e líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT), aprovou e comentou, que o discurso de posse do governador Paulo Cãmara, na Alepe, foi para marcar posição no campo da oposição, além de um recado ao novo presidente, Bolsonaro.

Os socialistas fizeram oposição a Dilma e a Temer, obtendo como resposta a redução de repasses de verbas federais para Pernambuco.

Somente após as eleições que Temer abriu as torneiras para Pernambuco, com ajuda financeira para obras (Adutora do Agreste) e projetos, como autonomia de Suape e Hemobras. “Paulo fez uma afirmação política muito forte de que Pernambuco é, e sempre foi, um Estado comprometido com a liberdade, com a democracia.

Vamos apoiar aquilo que seja do interesse de Pernambuco e do Brasil.

Estaremos juntos para resistir a qualquer tentativa de prejudicar Pernambuco” disse o senador, reeleito pela Frente Popular, aliança na qual o PT se uniu ao PSB para lutar pelo Estado. “O tom da oposição também é dado pelo tom que o governo dá.

Nós, por exemplo, não fomos à posse porque, desde que ganhou, Bolsonaro, ao invés de lançar ao Brasil um pedido de conciliação, procurar superar os conflitos e enfrentamentos, só tem aprofundado tudo isso.

Então, para nós, era importante deixar marcado essa nossa posição”, frisou Humberto. “Eu reafirmo o compromisso, firmado durante a campanha eleitoral, para defender Pernambuco contra qualquer tipo de discriminação”.

Humberto falou a jornalistas sobre a oposição que será exercida ao governo de Bolsonaro e, também, sobre a decisão do seu partido de não comparecer à do presidente, também ocorrida hoje, no mesmo horário do evento em Pernambuco.

O governador Paulo Câmara, em seu discurso, “valorizou os ideais democráticos do país, defendeu a igualdade” e reforçou sua posição oposicionista ao novo governo federal. “O amor ao Brasil não é um monopólio de nenhum brasileiro, seja ele civil ou militar.

A forma de expressar este sentimento depende de cada um.

Morrer em um campo de batalha é uma forma de amar o Brasil.

Ocupar as ruas em defesa da democracia também é”, acentuou Paulo Câmara.