O governador Paulo Câmara, do PSB, modulou o discurso crítico em relação ao governo Federal, um dia depois da posse, na Alepe, onde aproveitou o momento de festa pela reeleição para disparar uma série de farpas ao novo presidente da República, Jair Bolsonaro, do PSL.

Nesta quarta-feira, o governador fez um breve discurso ao empossar os novos secretários e depois defendeu a retomada do crescimento em Pernambuco. “Temos que gerar emprego, devolver aos pernambucanos os empregos que essa crise tirou, fazendo obras e políticas públicas para os que mais precisam” “As obras vão continuar, seja em saneamento, seja em recursos hídricos.

Os investimentos vão continuar.

Vamos fazer muitas entregas.

Com um time unido (secretários)”. afirmou, depois de ter dito que já havia vencido o desafio de reduzir a violência no Estado, com a recuperação do Pacto pela Vida, além de ter colocado a educação em destaque no cenário nacional, conforme suas palavras. “Junto com os outros poderes constituídos, vamos estar junto da sociedade e cobrando que as coisas aconteçam da forma que devem acontecer”, disse, no dia de hoje, no discurso. “Trabalhamos por um Pernambuco grande” O governador evitou comentar as primeiras medidas do novo governo. “Eu acompanhei pouco, mas não tem surpresa.

Ele está fazendo o que disse que ia fazer na campanha.

Eu espero que nós tenhamos oportunidade de apresentar agendas de Pernambuco e do Nordeste”, frisou.

Paulo Câmara comentou ainda a promessa do novo governo de manter a privatização do sistema Eletrobras.

No dia anterior, ele havia dito que iria ser contra a venda da Chesf, se fosse retomada. “Vamos travar esta discussão.

Vender a Chesf é privatizar o rio São Francisco.

Esperamos ser ouvidos.

No processo passado (Temer), ninguém foi ouvido.

Ai não tem como ter consenso sem ouvir.

Nós esperamos dialogar com o governo Federal”, disse.

No fim da coletiva com os jornalistas, Paulo Câmara anunciou que realizará a primeira reunião de todo o novo secretariado, no interior, sendo que o objetivo da iniciativa seria organizar todo o planejamento dos quatro anos vindouros.