Da Agência Câmara O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu, nesta segunda-feira (17), que a votação da reforma da Previdência não seja fatiada e afirmou que isso pode tirar a força do novo governo para votar outras propostas.

Maia foi entrevistado após inauguração da nova emissora da Rede Legislativa de Rádio, em Salvador. “O correto é votar uma reforma, uma nova ou a que está colocada, mas fatiar a reforma tira força do governo.

Vai fazer a primeira [reforma], e deixar as outras.

Temos que fazer um pacto com prefeitos e governadores.

Acho que todo mundo vive o mesmo problema.

Aqui na Bahia o deficit dobra a cada ano”, disse o presidente.

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Segundo Rodrigo Maia, atualmente, quem ganha menos banca a aposentadoria de quem ganha mais. “Porque quem ganha menos, até um salário, que representa 70% do sistema, se aposenta aos 65 anos.

E, tanto no regime público e no regime gera, os que ganham mais se aposentam mais cedo”, afirmou.

ACM Neto e Rodrigo Maia (Foto: Batista/Câmara dos Deputados) » Secretário do Tesouro: deixar Previdência para 2019 não é fim do mundo » Guedes propõe votação de parte da reforma da Previdência ainda em 2018 » Para Eduardo Bolsonaro, reforma da Previdência não sai este ano » Reforma da Previdência deve ser primeira missão do governo Bolsonaro » Congresso espera sinalização de Bolsonaro sobre reforma da Previdência » Bolsonaro indica que quer acelerar reforma da Previdência Rodrigo Maia também afirmou que tem uma boa expectativa em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo ele, após uma vitória contundente com uma agenda de reformas, o governo pode repensar, inclusive, o pacto federativo. “É importante que se fortaleçam as atribuições dos municípios e dos estados, mas também que se reorganize a arrecadação, e que essa distribuição [de recursos] seja mais equilibrada”, disse o presidente da Câmara.