Prestes a deixar o Senado, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), decidiu nesta quarta-feira (12) que o próximo a ocupar o cargo deverá ser eleito com 41 votos, ou seja, mais da metade dos 81 parlamentares. “Tem que ter maioria dos votos.

São 41 votos para poder ser presidente desta Casa.

A interpretação é de que, em não se atingindo os 41 votos, haverá segundo, terceiro, quarto turnos…

Até que alguém alcance a maioria para dirigir os trabalhos”, disse.

Eunício Oliveira se candidatou para o Senado este ano, mas foi derrotado.

Os eleitos no Ceará foram Cid Gomes (PDT), com 41,62%, e Eduardo Girão (Pros), com 17,09%.

O emedebista ficou em terceiro, com 16,93%, e não conseguiu renovar o mandato.

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O parlamentar questionou se, pelo Regimento Interno do Senado, seria necessário ter maioria simples, desde que com a presença de 41 senadores, ou o 41 votos no mesmo candidato. “O cenário que se desenha para o ano que vem é o da possibilidade de múltiplas candidaturas, impulsionadas por um quadro de fragmentação partidária jamais experimentada pelo Senado, que terá seus membros divididos em 21 partidos”, explicou Caiado.

Ronaldo Caiado (Foto: Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado) O senador defendeu que o próximo presidente não pode ser eleito com “vinte e poucos votos”, diante desse cenário. “A todo momento que tiver de tomar uma decisão difícil, será invariavelmente constrangido por esse fato.

Haverá, na melhor das hipóteses, um presidente raquítico, eleito por uma maioria circunstancial, que não lhe dará apoio necessário para presidir os trabalhos.

A própria imagem do Senado estará em xeque”, argumentou.

Mais cedo, Eunício Oliveira havia defendido, em entrevista publicada pela TV Senado, que o MDB deveria indicar o presidente da Casa, pelo critério da proporcionalidade.

Quando o emedebista foi eleito, em 2017, recebeu 61 votos.

Veja o vídeo: ? *Com informações da Agência Senado