O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou ao participar por teleconferência da Cúpula Conservadora das Américas, neste domingo (9), que vai apresentar ainda no início do governo uma proposta de mudança no sistema eleitoral brasileiro. “Não é porque ganhamos agora que devemos confiar nesse sistema de voto.
Eles não dormem no ponto”, disse no vídeo.
Para ele, houve “desconfiança na fraude” na eleição de outubro.
Bolsonaro não explicou, no entanto, qual seria essa proposta.
Não é de agora que Bolsonaro questiona o sistema de votação.
No pronunciamento após o primeiro turno, Bolsonaro questionou as denúncias de fraudes nas urnas eletrônicas que circularam na internet por apoiadores dele.
O senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), filho dele, foi um dos que divulgaram vídeos com suspeitas de fraudes.
O material, no entanto, era falso, segundo o Tribunal Superioe Eleitoral (TSE).
Bolsonaro é defensor do voto impresso, suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para estas eleições.
Ao entrar na cabine, o eleitor digitaria o número de seu candidato na urna eletrônica.
Em seguida, um comprovante para conferência apareceria no visor da urna.
Se a opção estivesse correta, o eleitor confirmaria o voto, e a impressão seria direcionada para uma caixa lacrada, a ser analisada posteriormente pela Justiça Eleitoral.
Durante as eleições, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, reiterou diversas vezes a confiabilidade das urnas eletrônicas.