Em um balanço de final de ano nesta quinta-feira, no RioMar Recife, o presidente da Apesce, Paulo Fernando Carneiro, disse que a expectativa da Associação Pernambucana de Shopping Centers é fechar o ano com crescimento de vendas de 6% em relação ao ano passado.

Paulo Carneiro também se declarou otimista com o comportamento da economia em 2019. “A Black Friday gerou um incremento de 8% nas vendas do mês e espera-se que o Natal represente percentual semelhante”, destacou.

No Estado, a Apesce está completando 10 anos de atividades.

No evento, a entidade realizou uma homenagem ao empresário João Carlos Paes Mendonça, pela colaboração para crescimento do setor no Estado.

O empresário foi representado por dois dos seus três netos, Marcelo e Renato Tavares de Melo.

No plano nacional, com uma perspectiva de crescimento de público na ordem de 7%, em relação ao ano passado, 2018 consolidou a indústria de shopping centers no Brasil como um setor que reagiu bem às dificuldades econômicas e instabilidades do país. “Pernambuco reflete o bom momento nacional.

Aqui no Estado nós tivemos três novos empreendimentos recentemente inaugurados – os shoppings Patteo Olinda, Camará e Igarassu”.

Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem O empresário disse ainda que, em um bom ano, o número de empregos também cresceu no setor no Estado. “O fluxo crescente de visitantes vem sendo registrado desde o ano passado, mostrando que o consumidor se mostra otimista e há uma aposta em campanhas arrojadas e ações de entretenimento que mantenham o público mais tempo dentro dos shoppings.

Por isso, além das grandes datas do comércio, há opções de diversão – muitas delas gratuitas – durante todo o ano.

Como resultado dos números positivos, o nível de empregos vai fechar o ano 3% maior do que o ano anterior”, afirmou. “2018 foi um ano de transição para a economia nacional, mas os shoppings tiveram uma curva diferente por manter investimentos e trabalhar para que o público encontre as opções que procura, seja em estabelecimentos fixos - como cinemas, restaurantes, espaços de diversão, entre outros – mas também como um reforço no conceito de que shopping é, cada vez mais, um espaço de convivência, onde as pessoas naturalmente se encontram”.

Em seu discurso, o empresário defendeu que o ambiente de convívio entre as pessoas era a melhor resposta aos desafios do setor, nos próximos nao, com o mundo digital e os shoppings tendo que passar a conviver com o e-commerce.

Veja abaixo o discurso do presidente da Apesce Estamos terminando um ano com turbulências que afetaram a vida do país.

GREVE DOS CAMINHONEIROS ACIRRADAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS, que em muitos aspectos, fugiram à razoabilidade, com movimentos irracionais, que passaram das paixões ideológicas.

Será preciso que a partir de agora, haja um movimento único em prol do pais.

De união Que haja patriotismo e que se pratique POLÍTICA com P MAIÚSCULO. É PRECISO INAUGURAR UMA NOVA ERA!

O congresso será cobrado pela população!

A oposição terá que ser construtiva, responsável, de busca de soluções, no enfrentamento das questões econômicas e suas consequências sociais.

Esperamos que haja a maturidade necessária da classe política que entenda, que hoje, com os meios de comunicação das mídias sociais, a população acompanhará e exigirá que se construa um novo país.

Antes mesmo da posse do novo governo federal, temos sinalização de expectativa positiva para a economia.

A bolsa de valores batendo recorde e o índice de confiança da classe empresarial atingindo patamares positivos, igualados aos de 2010, e o INEC, do consumidor, também crescente chegando a patamares próximos aos de janeiro de 2014.

Recente pesquisa da CNC mostra que 80% dos empresários acreditam que a economia vai melhorar em 2019 e 42% dos comerciantes tem plano de ampliação de lojas.

Enfrentar desafios é um ingrediente permanente em nosso segmento da indústria de Shopping Centers.

SHOPPING É UM SER VIVO, em permanente mutação.

Lembramos dos PRIMÓRDIOS, os primeiro Shoppings Centers Os desafios foram muito grandes, mudaram paradigmas e instituíram novos costumes.

O varejo de então, era o comércio de rua com horários de funcionamento até as 18 horas, algumas lojas fechando para o almoço e abrindo aos sábados até meio dia a mudança foi radical e desafiante.

Os shoppings estavam fora do eixo tradicional do comércio de rua, operando de 10 às 22 horas, abrindo aos sábados e a seguir funcionando também aos domingos.

Foi um grande desafio!

Os empreendimentos daquela fase, são o que eu chamo de Shopping Center de PRIMEIRA GERAÇÃO.

Eram essencialmente, VAREJO, faziam jus ao nome SHOPPING CENTER, CENTRO DE COMPRAS.

Representavam a chamada MODERNIZAÇÃO DO VAREJO.

A seguir os shoppings como SERES VIVOS, atraíram outros segmentos para além do varejo.

Começaram a dispor de SERVIÇOS LAZER, CENTROS MÉDICOS, CORREIOS, POSTO DO DETRAN, ESPAÇO CIDADÃO, PARQUES DE DIVERSÃO, RESTAURANTES…

Os cinemas, que na rua, estavam em declínio, se reinventaram, criaram as multi salas, os COMPLEXOS e migraram com sucesso para os shopping centers.

Também na sua arquitetura, os empreendimentos tiveram uma tropicalização dos seus projetos.

Diferente dos de PRIMEIRA GERAÇÃO, que adotaram o modelo importado, os novos passaram a oferecer Malls com iluminação natural, tão farta em nosso país.

Estes são os que chamo de shopping DE SEGUNDA GERAÇÃO.

E AGORA?

Chega o MUNDO DIGITAL!

Os shoppings passam a conviver com o e-commerce Viveremos, e já vivemos a complementariedade da loja FÍSICA COM A LOJA VIRTUAL.

AS PLATAFORMAS DIGITAIS, começam a ser realidade.

Os shoppings com suas excelentes instalações, privilegiadas localizações, ampliarão os segmentos de serviços, lazer, gastronomia, se firmando como um ambiente importante para o convívio ente as pessoas.

O ser humano é gregário, precisa ver e encontrar pessoas e os Shoppings Centers são os locais perfeito para esta prática.

Estes são os empreendimentos que eu chamo de SHOPPING CENTERS DE TERCEIRA GERÇÃO.

Como profetizava ALVIN TOFLER, nos anos 80 do século passado: “No século XXI, será preciso: APRENDER DESAPRENDER REAPRENDER!” OS SHOPPINGS CENTERS, SERES MUTANTES, ACOMPANHARÃO OS NOVOS TEMPOS, OS NOVOS DESAFIOS.

PAULO FERNANDO CARNEIRO DA SILVA