As três netas do ex-deputado federal Pedro Corrêa pediram exoneração dos cargos comissionados que ocupavam na administração do Porto de Suape nesta segunda-feira (3), segundo fontes extraoficiais.
O ex-parlamentar, condenado no Mensalão e na Operação Lava Jato e que cumpre prisão domiciliar no Recife, foi presidente nacional do PP, partido que controla o terminal.
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A exoneração teria sido feita a pedido da mãe de uma delas, a ex-deputada federal pelo PP de São Paulo Aline Corrêa.
Na despedida, uma delas afirmou, em contato com a mãe: “É a maldade do mundo.
Será que seremos obrigadas a trabalhar no exterior?
Não temos espaço no Brasil”.
Em outra observação, uma das netas afirmou que o avô está pagando sua dívida com a sociedade e esteve preso, enfrentando problemas há quatro anos, sugerindo que não podem pagar pelo parentesco. » Pedro Corrêa diz que sua geração fazia ‘eleição com dinheiro’ » PF indicia na Lava Jato filha do delator Pedro Corrêa » Propina de R$ 1 milhão para Gleisi foi no ‘fio do bigode’, diz Pedro Corrêa » Em delação, Pedro Corrêa diz que Lula forçou nomeação de Paulo Roberto Costa O pedido de exoneração foi um dia após a polêmica provocada pela divulgação do cargo comissionado, na coluna de Cláudio Humberto publicada na edição desse domingo (2) do Jornal do Commercio.
Em entrevista ao Blog de Jamildo nesse domingo (2), o presidente do porto, Carlos Villar, afirmou as funcionárias eram qualificadas para os cargos e davam expediente normalmente.
Ainda de acordo com o presidente do porto, o parentesco com o ex-presidente do PP nunca o interessou. “As indicações políticas são feitas, você nomeia desde que seja correta e que trabalhe.
A gente acata.
Tem vários outros (indicados políticos).
Tem muita gente comissionada que está de um lado de vários partidos.
Na diretoria de Suape, tem diretores de vários partidos, não é só do PP, não.
Tem do PSB”, disse Villar.
Ligado ao PP, Carlos Villar assumiu Suape em junho, após uma articulação do governador Paulo Câmara (PSB) para que o partido permanecesse na coligação que o reelegeu este ano.
O presidente estadual da sigla, o deputado federal Eduardo da Fonte, estava insatisfeito com a ausência de espaço na chapa majoritária.
Além do porto, foi entregue à legenda a pasta de Desenvolvimento Econômico, também comandada antes pelo MDB, do vice-governador, Raul Henry.