O deputado federal pernambucano Fernando Monteiro (PP) defendeu nesta quarta-feira (28) a indicação de nomes do Nordeste para o governo Jair Bolsonaro (PSL). “Nosso País é gigante, com realidades territoriais diferentes.
O Nordeste, até o momento, não tem nenhum nome que conheça de perto as suas demandas e necessidades urgentes.
Isto precisa ser considerado pelo novo presidente em sua futura equipe”, afirmou o parlamentar.
Foram anunciados 18 indicados para os ministérios da futura gestão.
Durante a campanha, Bolsonaro afirmou que seriam até 15 pastas, número que aumentou para as 20 que são previstas hoje.
Para Fernando Monteiro, o novo governo precisa incluir nas suas pautas projetos como a Transnordestina.
A conclusão total da obra deve ficar para 2027, dezessete anos após cronograma inicial.
A ferrovia também ficará ainda mais cara: serão necessários R$ 6,3 bilhões adicionais, o que elevará o custo total da obra para R$ 13,2 bilhões.
Os novos valores e prazos foram formulados pela empresa responsável pelo empreendimento e serão apresentados ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Por determinação do órgão, as obras estão paradas desde o início de 2017 e, seguindo o novo cronograma, só devem ser retomadas no segundo semestre de 2019. “Só o Polo Gesseiro do Araripe, que produz mais de 90% do gesso consumido no Brasil, emprega direta e indiretamente cerca de 30 mil pessoas, mas essa produção, quando chega ao mercado do Sudeste, tem custo maior que o gesso vindo da Espanha.
Isso é problema de logística.
Por isso, não adianta pensar no Brasil sem focar na vocação de cada região”, reclamou o deputado. “O Nordeste, juntando todos os estados, chega ao PIB do Chile.
Isso precisa ser considerado”, disse ainda.