Após o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) julgar irregular a obra da Ponte do Monteiro, a Prefeitura do Recife afirmou em nota, nesta sexta-feira (23), que a Autarquia de Urbanização do Recife (URB) “finalizou recentemente um processo licitatório e está contratando uma empresa responsável pela revisão do projeto estrutural e posterior retomada das obras”.

Na nota, a PCR afirma que o sistema “é composto por uma ponte ligando os dois bairros, além da implantação de um sistema viário, que envolve a readequação de 23 ruas das localidade”.

A ponte ligaria o bairro do Monteiro ao da Iputinga.

LEIA TAMBÉM » TCE julga irregular obra da ponte que ligaria Iputinga e Monteiro » MPF abre inquérito para investigar obra abandonada da Ponte do Monteiro Segundo a relatora do processo, Teresa Duere, a obra contratada, em 2012 ainda na gestão do ex-prefeito João da Costa (PT), está “há anos abandonada pela Prefeitura do Recife”.

A gestão do prefeito Geraldo Júlio (PSB), segundo o relatório técnico do TCE, assinou um Primeiro Termo Aditivo Contratual em novembro de 2013.

Foram aplicados mais de R$ 10 milhões de recursos públicos na obra, com orçamento total de R$ 42 milhões, mas a construção parou em 2014, com menos de um terço deu sua obra concluída, do lado da Iputinga, aponta o relatório.

A obra contava com também com recursos iniciais do Banco Mundial.

O organismo internacional se retirou do projeto, após a atual prefeitura não dar solução para a continuidade da obra paralisada.

Segundo o relatório técnico do TCE, foi descumprido pela Prefeitura o acordo internacional sobre a obra.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para apurar o empréstimo com a instituição.

Com contrato assinado em 2012, os auditores do TCE constataram que “a obra estava muito atrasada, em ritmo lento e baixo faturamento e reduzido contingente de pessoal; persistem indefinições do que será feito quanto ao encontro de ponte e acesso da margem esquerda (Monteiro) do rio e quanto ao escoramento do vão central; existe Indefinição quanto aos recursos disponíveis para a continuação e conclusão da obra, já que não se conta mais com os recursos do Banco Mundial”.

A relatora do processo apontou em seu voto que a obra segue paralisada e sem resposta da Prefeitura sobre a sua continuidade.