Estadão Conteúdo - O nome do procurador regional da República do Distrito Federal Guilherme Schelb para assumir o Ministério da Educação agrada a deputados da bancada evangélica.
Os parlamentares estiveram na quarta-feira, 21, reunidos com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para reclamar da sugestão do educador Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna, para assumir a pasta. “Mozart é alinhado com a esquerda”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ). “Levamos nossa insatisfação a Bolsonaro.
Temos o direito”, disse.
A divulgação do nome de Mozart na imprensa na quarta causou alvoroço entre os deputados que participavam de um culto realizado pela manhã.
De lá, o grupo de deputados resolveu se reunir com a equipe de Bolsonaro para levar o posicionamento da frente.
LEIA TAMBÉM » Procurador Guilherme Shelb é cotado para Educação, diz Bolsonaro » Após especulação sobre Mozart Neves, Bolsonaro nega decisão; evangélicos reagiram » Mozart Neves assumirá o MEC no governo Bolsonaro, diz jornal » Senado aprova corte em fundo para educação e saúde » Temos que ter um bom nome técnico para o MEC, diz Bolsonaro Na próxima terça-feira, os deputados da bancada têm uma nova reunião agendada com Onyx para conversar sobre o ministério. “Queremos somar.
Não queremos indicar”, disse Marco Feliciano (PSC-RJ).
Para Feliciano, Schelb é um bom nome, com experiência para assumir o cargo.
O deputado João Campos (PRB-GO) não quis comentar sobre nomes, mas disse que as ideias de Bolsonaro para Educação estão alinhadas com às da bancada.
Campos lançou na quarta oficialmente sua disputa à presidência da Câmara, após a desistência do colega de partido, Celso Russomano.
Schelb é abertamente defensor do projeto Escola Sem Partido e já se posicionou favorável ao tema em comissão especial sobre o assunto em 2017.
Ele também afirma ser contra “discussão de gênero” nas escolas.
Mozart não está descartado, diz Onyx O ministro extraordinário da Transição, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira (22) que o nome de Mozart Neves Ramos não está descartado.
Onyx disse que a equipe de transição procurou o Instituto Ayrton Senna para buscar um diagnóstico da educação, mas que o nome de Mozart vazou “sem que houvesse nenhuma definição por parte do governo de transição”.
Mozart é diretor do Instituto. “Temos profundo respeito pelo professor Mozart”, disse Onyx. » ‘Tendência é esse assunto morrer’, diz Bolsonaro sobre filho virar ministro » Brasil não precisa do Escola sem Partido, defende ministro da Educação » Governadores do Nordeste querem ‘interlocução direta’ com Bolsonaro » Bebianno assumirá a Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro » Bolsonaro não garante seguir lista tríplice na sucessão da PGR “Em nenhum momento, nenhum membro do gabinete de transição e tampouco o presidente da República deram qualquer indicativo de que havia definição”, disse o ministro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição está instalada.
Ele agradeceu a contribuição do Instituto e disse ainda que educação será uma “bandeira afirmativa” do governo Bolsonaro. “Temos pedido para que tenhamos uma trégua e um tempo de paz para que possamos construir as propostas do novo governo.
O Instituto, a Vivianne (Senna, presidente da entidade) e o professor Mozart sofreram ataques desnecessários, indevidos e desconectados”, disse Onyx.