Em material distribuído pelo deputado federal Tadeu Alencar, neste domingo, com algum atraso, a Bancada do PSB na Câmara dos Deputados lançou um manifesto.

O PSB não condena a ditadura do pais do Caribe, mas usa o texto para fazer críticas indiretas ao novo governo.

Na peça, o partido fala de “sua profunda preocupação” com o anúncio do fim da atuação de médicos cubanos no Programa Mais Médicos, previsto para os próximos 40 dias. “Dos 16.150 médicos vinculados ao Mais Médicos, 8.332 (52%) são cubanos.

Com esta decisão, mais da metade dos profissionais que atuam na atenção básica, com prevenção, promoção da saúde e controle de doenças transmissíveis deixarão de atender.

Atualmente são 28 milhões de brasileiros atendidos pelos médicos cubanos em mais de 2.885 municípios, a maioria destes localizados nas áreas mais vulneráveis do País, nas cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano, em comunidades quilombolas e indígenas.

Em 1.575 destas cidades – 80% delas com menos de 20 mil habitantes – há exclusivamente o trabalho desses profissionais estrangeiros”. “Como parece claro, a decisão manifestada pelo governo cubano não representa uma posição unilateral e ideológica como se pretende transparecer, mas a resposta a declarações inconsequentes por parte do governo de transição brasileiro, cujos desdobramentos trarão, sem dúvidas, enorme prejuízo social e desassistência àqueles que mais necessitam”. “O caminho do diálogo é a via por excelência que pode contribuir para se aprimorar o Programa Mais Médicos e não sacrificá-lo como se está fazendo, sem nenhum compromisso com as regiões que serão gravemente afetadas.

Mantemos a esperança de que o bom senso prevaleça e que se possa chegar a uma solução que não traga prejuízos ainda maiores aos diretamente atingidos e a toda a sociedade”, escrevem.