O senador Armando Monteiro, quando é indagado sobre o futuro do NE, defende que o principal desafio do Nordeste nos próximos anos é se tornar competitivo para atrair investimentos privados para a região. “É isso que o fará crescer e sair da crise fiscal e econômica que assola o país”.
De acordo com Monteiro, a região sofreu um processo de regressão econômica em consequência das mudanças no ambiente externo e para mudar a situação é necessário que os governantes repensem as políticas de governo empregadas na atualidade. “É preciso pensar de maneira integrada objetivando o crescimento coletivo”. “Os governadores têm que ter uma posição convergente do que seria uma agenda renovada para a região.
Alguns ainda têm a visão nostálgica do planejamento feito nos moldes da Sudene, que não se harmoniza com as novas tendências e a realidade da abertura de mercado, economia e fluxos de produção e financeira”, disse Armando.
Em contrapartida, o parlamentar acredita que o novo Governo Federal, para prospectar um futuro promissor, terá que realizar intervenções decisivas em vários aspectos. “Se o NE não tiver investimentos públicos expressivos na área de infraestrutura, e que sejam atrativos para o mercado privado, estaremos condenados a uma defasagem que não será superada em décadas”, alertou. “Uma alternativa seriam modelos de PPP ajustados para o Nordeste que garantam rentabilização para a investidora num curto período se comparado a outras regiões.
Lembrando que o investimento pode ser chinês, japonês, holandês, qualquer que seja ele , deverá também existir agências reguladoras que cobrem do concessionário com regras claras e bem definidas”, afirma.
Na sua avaliação, a Transnordestina reflete isso. “É preciso um reforço regional que priorize integralmente a importância que esse modal tem para a competitividade futura da economia da região.
Todo esforço é necessário agora.
Precisamos encontrar um ponto comum.
O Ceará está com obras adiantadas, em Pernambuco, atrasadas.
Um novo concessionário que garanta a implantação de ramais de forma integradora seria a solução”, aconselhou o senador.