Cuba anuncia saída do Mais Médicos após declarações de Bolsonaro No Congresso em Foco O Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou em nota oficial na tarde desta quarta-feira (14) seu desligamento do programa Mais Médicos mantido pelo governo brasileiro.

A ação foi criada em agosto de 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT) e tem como objetivo ampliar o atendimento nas comunidades mais pobres.

Na nota, o governo cubano afirma que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), “com referências diretas, depreciativas e ameaçando a presença” dos médicos, “disse e reiterou que vai modificar os termos e condições do programa”.

O militar da reserva, diz o comunicado, questionou a preparação dos profissionais cubanos e condicionou sua permanência no programa à revalidação do título e como única forma a contratação individual.

Para Cuba, as mudanças mencionadas por Bolsonaro “impõem condições inaceitáveis ??e descumprem as garantias acordadas desde o início do programa”.

Além disso o país cita que as “condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença dos profissionais cubanos no programa”.

O presidente eleito comentou a decisão de Cuba em seu perfil no Twitter: O programa foi criado em agosto de 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT).

Cuba participa por meio da Organização Pan-Americana da Saúde e, nos 5 anos de parceria com o governo brasileiro, enviou cerca de 20 mil profissionais, que atenderam mais de 113 milhões de pacientes.

Em setembro de 2016, já no governo de Michel Temer (MDB), o ministério cubano já havia divulgado comunicado oficial em que manteria o acordo com o governo do Brasil desde; que fossem mantidas as garantidas oferecidas pelas autoridades locais. “Não é aceitável questionar a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de suas famílias, prestam atualmente serviços em 67 países”, diz o ministério cubano.