Agência Brasil - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que se o governo Michel Temer (MDB) não conseguir aprovar a reforma da Previdência este ano, não haverá nenhum impacto negativo para o mercado financeiro.

Mas, segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro deverá avançar nessa pauta em 2019. “Se [o governo Temer] aprovar algo infralegal esse ano, ótimo, é uma sinalização.

Mas se não aprovar não é o fim do mundo.

O que o mercado espera é a aprovação da reforma da Previdência no próximo ano. É necessária uma reforma da Previdência no país e o governo novo tem tempo de aprovar”, disse Mansueto.

O economista passou o dia no Centro Cultural Banco do Brasil com a equipe de transição do governo eleito de Jair Bolsonaro.

Mansueto tratou do ajuste fiscal com a equipe de transição e apresentou números do governo Temer. “Devemos terminar o ano com déficit primário bem melhor que a meta, em torno de R$ 120 bilhões.

Fui mostrar a dinâmica da despesa”.

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Tenho muitos amigos aí, funcionários públicos muito competentes, uma equipe muito comprometida com o ajuste fiscal, que quer fazer avaliação de gasto público, que quer fazer o ajuste fiscal cortando a despesa, não com [elevação da] carga tributária”, disse o secretário do Tesouro.

Há possibilidade de o governo Temer tentar alterar regras previdenciárias ainda este ano por meio de projetos infraconstitucionais, conforme informou ontem o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Mas o tempo para que os aliados do atual governo é curto.

Mas o tempo para que os aliados do atual governo avancem no tema é curto.

Na teoria, restam seis semanas para aprovação.

Mas, na prática, são menos dias, porque tradicionalmente as sextas-feiras no Congresso são esvaziadas.

E, para encurtar mais, na próxima semana há um feriado na quinta-feira (15).